A receita orgânica do Publicis Groupe diminuiu 13% (2,29 bilhões de euros) em relação ao ano anterior no segundo trimestre de 2020, ressaltando o impacto da Covid-19 em todo o mundo nos orçamentos de mídia e marketing. Os números são do balanço semestral e do Q2 divulgados pelo grupo nesta quinta-feira (23).
A holding francesa foi a primeira das grandes redes de publicidade a revelar seus resultados financeiros nos três meses até junho.
A receita líquida no primeiro semestre de 2020 foi de 4.774 bilhões de euros, um aumento de 9,7% em comparação aos 4.352 bilhões no primeiro semestre de 2019.
“Nosso crescimento orgânico no primeiro semestre foi de -8,0% com o Q2 de -13%, significativamente melhor do que o declínio de 23% nas despesas com publicidade global previstas pela Zenith e os 30% mencionados pela WFA no segundo trimestre”, destaca Arthur Sadoun, presidente e CEO do Publicis Groupe, exaltando o desempenho acima das expectativas.
O crescimento orgânico dos Estados Unidos teve queda de -3,3% no primeiro semestre, com o segundo trimestre em -6,8%, quando se esperava que os gastos com anúncios cairiam 18%. “Nossas atividades criativas e de mídia ainda eram positivas no final de maio”, exalta o CEO.
Na Europa o crescimento orgânico caiu -23,5% no segundo trimestre. Na Ásia, o desempenho foi de -5,7% no período com a China “claramente melhorando do primeiro trimestre, mas permanecendo negativa e volátil”.
Outros números ainda denotam a crise provocada pela pandemia. Na América Latina, por exemplo, a receita líquida caiu -27,8% em uma base reportada, com um impacto negativo significativo das moedas da região, especialmente no Brasil. Em termos orgânicos, a queda foi de -15,7%. Isso se deve principalmente a um declínio orgânico de -22,8% no Brasil e de -14,4% no México.
Sadoun finaliza o comunicado sobre o balanço em tom positivo. “Não há dúvida de que todos teremos que conviver com o vírus e suas consequências econômicas e sociais por um tempo, mas o Publicis está bem armado para enfrentar essa crise”, diz.
