Na agenda da viagem do Grupo de Mídia à França, estava programado conhecer uma  “pequena empresa” fundada em 1954 por Jean Claude Decaux. Antes de ir, preciso fazer um comentário: tinha uma ideia pequena do que seria visitar a empresa. Em resumo e sendo sincero, achei que seria mais do mesmo.

Esse mais do mesmo se transformou logo aos três segundos, quando entramos na fazenda, literalmente uma fazenda (lagos, grandes jardins, árvores, casa central de 1900 alguma coisa). Uma fazenda de sonhos, ou, como pensei, uma empresa de tecnologia ou o Vale do Silício do OOH em Paris.

Iniciamos a visita com uma apresentação sobre o futuro da empresa e do meio. Acredito que estão no caminho certo, tudo voltado à inovação, sustentabilidade e dados, tratados de uma forma responsável, pensando não só na mensagem ou espaços que irão comercializar, mas também no como: quem vai usar, na cidade, no ambiente e na melhor entrega do seu produto para todos.

E quando falamos de data, imagine quantos pontos temos espalhados pela nossa cidade? São milhares de pontos de captação de informações que podem e vão nos trazer à jornada do consumidor e no mundo são mais de 500 milhões de Data Points. Ou seja, chegamos à era do Data Planning.

Por lá,  os caras são expert: testes e mais testes de usabilidade antes de qualquer projeto ganhar as ruas ou os saguões dos aeroportos. Não tinha a ideia do que podemos ter dentro de um mobiliário, um painel ou o que vier pela frente. Vai desde um assento, um simples carregador de celular para o usuário ou a uma tecnologia de câmeras wi-fi, antenas de celulares para reforçar os sinais das operadoras e ainda com consumo de energia consciente através de energia solar e inteligência de percepção de usuários nos pontos para regular a intensidade de energia fornecida.

Se tem tecnologia também tem inovação e muita: do simples papel e vídeo ao reconhecimento fácil e a interatividade com o usuário.

Como teste oftalmológico no mobiliário para experimentação de fragrância de perfume. Sai um spray e você sente a fragrância – e olha que aqui o perfume é incrível.

Vários painéis com brincadeiras e interações: uma que chamou atenção foi da Lego, que você encaixa as pecinhas igual naquelas máquinas de ganhar ursinhos. Lembrei muito do meu filho, eu ficaria umas três horas na frente deste mobiliário me divertindo com ele.

Até as interações entre painéis e câmeras instaladas nos mobiliários, onde temos a sensação de imersão no ambiente da cidade. Por fim, uma volta no museu ao ar livre da JCDecaux com toda a evolução e história da companhia.

Você, que não pôde vir na viagem do Grupo de Mídia, e está lendo este artigo: corra atrás de informação. Tem muita coisa boa acontecendo neste meio.

 Herbert Gomes é head de mídia da Talent Marcel.