Se os meios estão em constante transformação no que diz aos seus modelos de produção e formatos de consumo, é natural que o profissional de mídia esteja também em uma atualização continua. No cenário atual, isso significa a capacidade de combinar ciência (dados, técnica, análises) e intuição (comportamento), seja tanto social quanto em mídia. Pelo menos essa é a visão de Fabio Rosinholi, sócio-fundador e VP de mídia da agência WE. “É preciso prever as mudanças no hábito, no curto, médio e longo prazo, e por consequência de que maneira isso interfere nas tendências do consumo dos meios, seja na forma ou no conteúdo”, explica. Confira abaixo os principais trechos de sua entrevista para a #SemanaDoMídia.

Tendências e desafios

A realidade aumentada aplicada ao mundo real, de fato, é uma tendência. Todo esforço com foco na experiência será recompensado, toda ação que antecede e precede o ato de compra, farão parte da vida do consumidor. Entre os principais desafios estão as diferentes formas de consumir o conteúdo, sendo ele de maior ou menor relevância, que deve considerar as relações entre tempo e espaço, móvel e estático, ao vivo e gravado. E também o entendimento dessa busca incessante pela privacidade e o controle no uso da tecnologia, que interfere diretamente na publicidade.

Oportunidades

Ao compreender o comportamento de um conteúdo, criado a partir de eventos específicos, notamos a sua capacidade de abrangência e atuação “cross media”, sendo ele procurado em qualquer plataforma. As principais oportunidades estão cada vez mais associadas ao conteúdo, seja ele publicitário ou editorial, efêmero ou duradouro. O próprio conteúdo dita as regras e indica qual o caminho percorrer. A grande questão é como se trabalha até chegar nele.  

Investimentos

De modo geral, a TV ainda concentra o maior investimento, porque ainda possui uma alta concentração de consumo no meio, pelo perfil da população brasileira e por ser um grande produtor e exibidor de conteúdo. Entendo também que o avanço do consumo de dados no celular, depende de fatores econômicos, infraestrutura, mas é uma realidade. Vejo o celular como complemento a TV e como protagonista nos próximos anos, pois será o nosso principal “hub” de serviços. Só precisamos entender qual será o tamanho da participação de cada serviço dentro do dispositivo.

Mídia guia criação

Não somente pela diversidade de formatos, impulsionada principalmente pelo crescimento e importância do Digital, mas devido ao entendimento aprofundado do consumidor, necessidades e oportunidades.

Departamentos

Basicamente na mídia, devemos considerar as disciplinas de análise, insights e compra, bem estruturadas. Através de uma integração-unificada de maneira mais ampla entre departamentos e profissionais.

RP no processo

O objetivo, muitas vezes, é ter (e encontrar) o perfeito equilíbrio entre o que é pago, proprietário e “ganho” (paid-owned-earned) sendo um complementar ao outro.

Social media

As redes sociais possuem duas coisas fundamentais, a alta capacidade de mensuração (antes, durante, depois) e de segmentação (público, assunto, localização…), o que permite uma avaliação constante do resultado, seja de mídia e/ou conteúdo.