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Um estudo da GSMA Intelligence, “The Mobile Economy 2019”, revelado durante o Mobile World Congress 2019, que ocorre nesta semana em Barcelona, apontou que a tecnologia 5G vai responder por 15% das conexões móveis no mundo até 2025, o que corresponde a 1,4 bilhão. Segundo a empresa, ao menos 16 mercados vão iniciar suas redes comercialmente neste ano, sendo que países como Coreia do Sul e EStados Unidos lideram o movimento.

Alguns fabricantes já negociam com operadoras a disponibilização de aparelhos adaptados à tecnologia 5G, como no caso da Samsung, que anunciou recentemente parceria com AT&T e Verizon nos Estados Unidos. No entanto, há alguns anos para que, de fato, o 5G e suas promessas de conteúdo sem fricção se massifiquem. 

A expectativa pela nova tecnologia de conexão é grande não apenas pelas possibilidades de consumo de conteúdo que trará consigo, mas por ser o centro de uma economia móvel avaliada em US$ 3,9 trilhões e que pode transformar as relações humanas e econômicas.

“A chegada da 5G constitui uma parte importante do movimento mundial em direção a uma era de conectividade inteligente, que, juntamente, com os desenvolvimentos na Internet das Coisas, big data e inteligência artificial, está pronta para ser um dos principais impulsionadores do crescimento econômico mundial nos próximos anos”, afirmou Mats Granryd, diretor geral da GSMA. “Ao mesmo tempo em que o 5G transformará os negócios e fornecerá uma série de novos serviços, a tecnologia móvel também está ajudando a reduzir a lacuna de conectividade. Conectaremos mais de um bilhão de novas pessoas à internet móvel nos próximos anos, estimulando a adoção de ferramentas e soluções baseadas em dispositivos móveis em áreas como agricultura, educação e saúde, o que melhorará o sustento de pessoas ao redor do mundo”, completa.

A conectividade, no entanto, será maior inicialmente em mercados que lideram a questão. Em 2025, frente à média global de 15% de conexões, a China e Europa deverão estar com 30% de suas redes com 5G, enquanto os Estados Unidos devem chegar a 50%. A tecnologia 4G ainda terá crescimento nos próximos anos, saindo da participação global de 43% das conexões hoje para 60% em 2025.

Em paralelo à adoção da nova rede 5G, o número de conexões dentro do âmbito da internet das coisas (mobile, relógios inteligentes, eletrodomésticos, carros e demais itens com acesso à internet) triplicará, indo a US$ 25 bilhões. O mercado de internet das coisas vai movimentar nada menos que US$ 1,1 trilhão em 2025.

Autora do estudo, a GSMA é uma entidade que reúne 750 operadoras e mais 350 empresas do ecossistema mobile. Ela é responsável pelo  Mobile World Congress de Barcelona, e pelas edições de Los Angeles e Xangai.

Divulgação/GSMA

Novos na internet

Para que haja uma revolução nos meios de produção da indústria 4.0, é fundamental que não apenas o 5G, mas a própria internet chegue aos equipamentos das pessoas. A pesquisa da GSMA aponta que 1,4 bilhão de pessoas passarão a usar internet móvel nos próximos sete anos, elevando o número total de assinantes de internet móvel globalmente para 5 bilhões de pessoas até 2025. Isso corresponde a mais de 60% da população mundial que terão acesso à rede e sua promessa de melhora na produtividade e eificência.

O 5G, não obstante, vai adicionar US$ 2,2 trilhões à economia global nos próximos 15 anos. De acordo com o relatório, as tecnologias e serviços móveis geraram 4,6% do PIB global em 2018, ou US$ 3,9 trilhões. Em 2023, passará a 4,8 trilhões, ou 4,8% do PIB, sendo que setores como manufatura, serviços públicos e profissionais e serviços financeiros tendem a ser os que mais se beneficiarão da nova tecnologia.

Mobile money
A GSMA mostrou também que a indústria do chamado Mobile Money, ou as carteiras digitais, pelas quais as pessoas podem efetuar pagamentos através de seus mobiles, está atingindo patamares relevantes. Em 2018, diz a GSMA, houve US$ 1,3 bilhão em transações por dia através desse meio.

No estudo “State of the Industry Report on Mobile Money”, indicou-se que, no final de 2018, já havia mais de 866 milhões de usuários registrados para esse tipo de pagamento em 90 países. “Os benefícios do mobile money são reais e amplos, atingindo muitos consumidores que não são bem servidos pelo sistema financeiro”, diz Mats Granryd, diretor geral da GSMA. Uma das expectativas para as redes do futuro é que ajudem a incluir nos serviços financeiros ao menos 1,7 bilhão de pessoas.