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Com mais de 500 milhões de usuários em vários países, inclusive no Brasil, o aplicativo TikTok se tornou febre entre os teenagers. Esse público aderiu à novidade devido ao foco no compatilhamento de vídeos de até um minuto de duração, catálogo musical, adesivos temáticos e, por exemplo, ferramentas intuitivas para a edição e produção dos conteúdos audiovisuais.

No Brasil, existem perfis como da Maria Clara Tavares, com mais de 1,6 milhão de seguidores, e da apresentadora do SBT Maisa Silva, com volume de 950 mil. Nos Estados Unidos o app já é mais baixado do que Instagram. Facebook lançou recentemente o Lasso, como tentativa para reconquistar adolescentes perdidos.

Thaís Cintra, diretora de mídia da iProspect, explica que “o app é um novo território para as marcas desbravarem e uma nova maneira de produzirem vídeos que expressem o lado criativo”. O Brasil começa a observar o app, mas o interesse é pontual e incipiente.

“No Brasil, até o momento, a rede ainda não está sendo muito explorada pelas marcas, já existem algumas ações que estão sendo feitas através dos influenciadores, que falam sobre as marcas de maneira contextual em seus vídeos, como o já feito pela Nicole Louise para Kit Kat. Alguns publishers estão abrindo seus perfis na rede, a revista Caras é um deles, que no futuro, possivelmente, viabilizem o ingresso das marcas em sua rede. Já existem formatos de publicidade sendo comercializados em outros países pela rede, que conta com escritórios em Pequim, Berlim, Jacarta, Londres, Los Angeles, Moscou, Mumbai, São Paulo, Seul, Xangai, Cingapura e Tóquio”, acrescentou Thais.

A infovia digital é irreversível e a concorrência vai confrontar o monopólio dos pioneiros. “As marcas focadas no target mais jovem, adolescentes principalmente, não podem ignorar o uso dessa rede social em suas estratégias de mídia, mesmo não existindo formatos de publicidade sendo comercializados aqui no Brasil atualmente, é importante considerar a presença através de influenciadores, de forma contextualizada em seus conteúdos e lançando challenges para gerar engajamento da audiência. Já estamos colocando na pauta das discussões estratégicas de mídia com nossos clientes que trabalham com esse target mais jovem, para uso desse canal, possivelmente em breve teremos novidades”, disse Thaís, lembrando ainda que o formato de vídeo é o que mais cresce globalmente.

“O Tik Tok está sabendo surfar essa onda, distante da vida plástica e estética dos outros apps, mais voltada para a vida real, de forma divertida, sem compromisso, sem rótulos e inclusiva”, disse Thais.

Ela diz mais: “A proposta não é uma corrida desmedida dos influenciadores desse plataforma por likes e comentários e tampouco a missão de ser aspiracional e de ser formador de opinião. A ordem é o entretenimento descompromissado com um viés muito claro voltado para o humor, uma abordagem ideal para público formado por adolescentes, que nessa fase da vida, constantemente, é assombrado por inseguranças que passam por questões relacionadas a sua aparência física e financeira, que muitas vezes os faz sentir distantes e não aceitos em seu círculo de convívio”, finaliza a diretora de mídia da iProspect.