Recentemente diversos eventos da indústria da comunicação trouxeram autoridades políticas para debaterem com líderes empresariais o atual momento político e econômico do Brasil. Na pauta, o início da melhora da economia, as reformas políticas para que o país consiga se recuperar, gerir novos negócios e inaugurar um novo ciclo de expansão.  

Alguns sinais já começam a ser vistos, como no varejo, que após dois anos de resultados não tão favoráveis, dá sinais de um suave reaquecimento. Segundo Pesquisa Mensal do Comércio, do IBGE, no acumulado de janeiro a julho de 2017, as vendas cresceram 3,1%, e são os primeiros números positivos desde o final de 2014, onde o setor já havia retratado um recuo de 1,9%, sendo a maior queda em 14 anos.

“A queda da taxa de juros, a deflação no preço de eletroeletrônicos, por exemplo, e a liberação do FGTS são alguns dos fatores que contribuíram para este resultado, porém os impactos da crise política podem retardar esta retomada” revela o empresário Marcos Scaldelai, conhecido por sua atuação na área do marketing em grandes empresas como Nielsen e Bombril.

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Mas qual a estratégia para driblar a crise do varejo e conquistar o consumidor? Segundo Scaldelai, é importante saber como fidelizar o cliente através de atrativos como promoções e, até mesmo, no atendimento. “Quando o vendedor entende de fato qual é a real necessidade do cliente e consegue oferecer aquilo que ele realmente está buscando ao invés de algo similar ou algo mais caro, o cliente se sente atendido e passa a ter confiança na loja”, afirma.

Em um mundo cada vez mais competitivo, onde diversas lojas disputam a atenção do consumidor, a comodidade de realizar uma compra com apenas um clique e evitar situações cotidianas como deslocamento e trânsito, colocam o e-commerce como uma boa alternativa para driblar a crise.

“Acredito que lojas físicas e e-commerce são complementares, um beneficia o outro. O mundo está cada vez mais tecnológico e o e-commerce acaba sendo uma opção que oferece comodidade e facilidade, mas o cliente ainda gosta de conhecer o produto físico, contato humano é extremamente importante. É preciso pensar em como unir as forças destes canais para fortalecer a experiência como um todo”, explica Scaldelai.

Ainda segundo o empresário, outro ponto de destaque das lojas virtuais são as estratégias de marketing adotadas por grandes empresas, que podem ajudar a alavancar o negócio, aumentar o faturamento e fazer com que o cliente não desista da compra digital. “Existem algumas técnicas que são capazes de mudar a ideia do cliente. Se correram dois minutos cravados sem finalização da compra e a pessoa recebe uma mensagem de oferta pré-desenhada ou de desconto do produto que ela está interessada, as chances de ser concretizada uma compra são muitos maiores. Para muitos brasileiros, o parcelamento é a única possibilidade de consumir, então, caso o cliente receba uma mensagem praticamente no ato permitindo dividir o preço do produto que está no carrinho em doze vezes, ele irá pensar duas vezes antes de desistir da compra”, finaliza Scaldelai.