O Brasil que queremos, projeto do Departamento de Jornalismo da Globo, que está no ar e recebe depoimentos de todo o país, através de vídeos gravados em celulares pelos telespectadores da emissora, mostra com clareza o anseio dos brasileiros por um país melhor, mais justo e principalmente sem corrupção nas esferas públicas.

Há muitas outras manifestações de vontade por parte da população brasileira, mas sobressai esta última, lugar-comum nas demonstrações de cidadania dos habitantes deste país.

Não há, na verdade, nenhuma surpresa nesse reconhecimento público, oriundo de todas as partes do nosso vasto território.

Todos sabemos, uns mais, outros menos, o mal causado pela dilapidação do patrimônio público pelos corruptos, agentes do Estado que se apropriam do bem comum, transformando o fruto das suas falcatruas em posse ou propriedade privada.

Algumas atitudes, porém, soam estranhas nesse submundo de delitos continuados, como, por exemplo, a dificuldade de grande parte dos cidadãos de bem deste país em reconhecer e condenar, de forma veemente, os corruptos do seu lado político. Quando maior deveria ser a indignação diante de um sujeito em que votamos e traiu o nosso voto praticando corrupção, a impressão que é traduzida por boa parte da população é a de uma maior “compreensão” pelos seus bandidos.

Alguns até chegam a não ser reconhecidos como tal, preferindo-se atribuir as acusações a inimigos políticos.

Do seio dessa postura enviesada de parte considerável da nossa população, nasce um embate sui generis, que acaba por refletir um conceito inadmissível: nossos bandidos são menos bandidos do que os bandidos dos outros.

O pior dessa conclusão errática é que os verdadeiros bandidos, de todos os matizes, acabam se beneficiando desse tipo de pensamento obtuso, estimulando a população a prosseguir em erro de percepção e julgamento, para se manterem se possível ilesos ou, na pior das hipóteses (para eles, bandidos), receberem um tratamento de vítimas que não são.

Para nós, o pior desse quadro é que ele contamina grande parte do restante da população, inclusive de autoridades que jamais deveriam se deixar levar por esse tipo de julgamento faccioso, confundindo ainda mais a análise dessa prática delituosa esparramada por todo o país.

Quando autoridades que têm a missão de julgar a bandidagem revelam-se tolerantes e não raro demonstram uma incompreensível admiração pelos transgressores, fica muito claro ao cidadão de bem, que ainda não se deixou contaminar por esse comportamento reprovável, que definitivamente não é esse o Brasil que queremos.

Mas, que temos de engolir, porque nos sentimos sem forças suficientes para pôr um ponto final nessa história que não é exclusivamente nossa, mas que aqui encontrou possibilidades infinitas de se perpetuar.

 

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O contraponto a esse estado de coisas surge de todas as partes do país, não apenas da reprovação de cada indivíduo que ainda não se deixou vencer pelo cansaço de uma luta que tem se transformado em extremamente inglória, mas também através de entidades da nossa sociedade civil, que procuram se aliar à luta permanente contra a corrupção, principalmente em momentos de extrema agudeza como o atual, simbolizado, entre outros agravantes, por um ex-presidente da República, até há pouco insinuado candidato a concorrer novamente ao mesmo cargo nas eleições de outubro, ainda que até aqui permaneça condenado na Primeira, Segunda e Terceira instâncias judiciais.

A tese é da valorização do voto, uma das poucas armas de que dispõe o lado A da sociedade brasileira, na tentativa de mudar o atual estado das coisas.

Como bem explicou nosso colaborador bissexto Emmanuel Publio Dias, em artigo que o leitor encontra no online do PROPMARK (https://bit.ly/2qunTE4), ele mesmo um dos articuladores do movimento lançado no último dia 9, em São Paulo, na Casa do Saber, “busca-se alterar o quadro político através dos votos conscientes, responsáveis, que serão oferecidos a políticos comprometidos com alguns fundamentos básicos que podem ser abraçados por candidatos de qualquer partido”.

O MOV – Movimento Voto e Ação é um desses esforços objetivando colocar publicamente a questão da força do voto.

Esse grupo de ação dará preferência inicialmente às eleições para deputados federais em todo o país, entendendo que será a partir da Câmara Federal a tomada de decisões para a construção de um novo país.

 

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Nesta segunda (16), ocorre em São Paulo, no Hotel Pullman Caesar Business, a sétima edição do Encontro de Mídias, realização do grupo de profissionais do setor, que defende as bandeiras da atividade publicitária e a rápida adaptação das novas plataformas no contexto geral das práticas do mercado.

No encerramento do evento, será realizada a entrega do Prêmio Encontro de Mídias, sob a coordenação do publicitário Claudio Venâncio.

 

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Celso Loducca, em período sabático na publicidade, faz parte agora do Conselho de Administração da TIM, um dos anunciantes do mercado brasileiro.

 

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Com as vagas totalmente tomadas, realiza-se no Recife, de 18 a 20 deste mês, o 17º Fórum Empresarial LIDE, organizado pelo Grupo Doria, evento cuja empresa anfitriã será o Grupo Verzani & Sandrini (Flávio Sandrini), com boas-vindas aos participantes a serem feitas por Michael Biltz, diretor-executivo da Accenture.

 

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Já nos primeiros dias dos seus disponíveis novos horários, o programa oficial A Voz do Brasil ganhou mais ouvintes e desagradou menos brasileiros, devido a outras opções em AM/FM em virtude da repartição da transmissão obrigatória em períodos distintos.

 

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Imperdível a matéria de capa desta edição, sobre a valorização da mídia impressa, através do trabalho dos content studios, produzindo conteúdos comerciais e editoriais que fortalecem o setor.

 

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Slogan: “A DM9 não tem clientes, tem causas”. Se gostaram, enviem-nos os de suas agências.

 

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Aproxima-se mais uma edição de aniversário do PROPMARK, desta feita atingindo 53 anos de circulação ininterrupta.

 

Nossa Redação está produzindo matérias especiais e de grande relevância para o mercado, para veiculação nessa edição histórica. Data de capa: 21/5/18.

 

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Este Editorial é dedicado a Giancarlo Civita, presidente do Grupo Abril, homenageado no último dia 12 em São Paulo, no Parigi, por iniciativa de Roberto Duailibi (DPZ&T), que contou com a presença de um seleto grupo de amigos.

Na ocasião, foi ressaltada pelo homenageado, e confirmada por Duailibi e outros presentes, a importância passada, presente e futura da Abril e da família Civita na comunicação brasileira, destacando-se a sua participação no desenvolvimento do nosso mercado publicitário.

Armando Ferrentini é presidente da Editora Referência,  que publica o PROPMARK e as revistas Marketing e Propaganda (aferrentini@editorareferencia.com.br).