Mídia Fatos é relançado pela ABTA com edição trimestral e versão digital
Nesta terça-feira (6), a ABTA (Associação Brasileira de TV por Assinatura) lançou o novo Mídia Fatos. A publicação existe há 18 anos e era divulgada anualmente, mas, a partir dessa edição, passa a ser digital e trimestral. A próxima atualização está prevista para o período de setembro e outubro. O site já está disponível.
A plataforma pretende oferecer uma navegação dinâmica com infográficos, ilustrações, animações, ferramenta de busca, modos de visualização e download. Além dos dados do setor, que atualmente tem cerca de 18,8 milhões de assinantes, o espaço concentra também informações dos mais de 150 canais associados, divididos por gênero. É possível encontrar, por exemplo, número de assinantes, destaques da programação, endereço e alguns contatos.
Oscar Simões, presidente da ABTA, reforça que a ideia do Mídia Fatos sempre foi oferecer informações, números e as potencialidades da Pay TV, e vê nessa mudança uma evolução natural e necessária. O Comitê Técnico de Pesquisa da ABTA, que cuida da elaboração e produção do documento, decidiu atender a demanda do mercado de oferecer o conteúdo de forma mais fácil, precisa, interativa e rápida.
“A plataforma serve para um conjunto de stakeholders: pessoas que estão pesquisando o setor, serve para órgãos de acompanhamento, imprensa, agências de publicidade, anunciantes, é um conjunto de stakeholders que podem interagir com a plataforma”, destaca Simões.
A apresentação também destacou a transparência nas métricas dos dados de audiência, que contam com auditoria da Kantar Ibope Media, GFK e Media Rating Council (MRC), e o potencial de crescimento do meio.
A ABTA citou a pesquisa “PMV TV por Assinatura”, de agosto de 2016, que aponta que 86% dos profissionais de publicidade consideram o meio fundamental para a comunicação das marcas, segmentação, engajamento, interatividade e o retorno do investimento.
“Há um índice de penetração muito grande e que tem muito a crescer. É preciso uma melhor distribuição dessa verba, que está bem concentrada da TV aberta. Existem muitas opções de negócios a serem desenvolvidos”, diz Arnaldo Rosa, VP de parcerias comerciais dos canais Fox. “Há uma desconexão entre share de audiência e share de investimento, mas vem crescendo. A Pay TV não é uma mídia secundária. O entrave econômico atrapalha um pouco, mas o mercado já entende o potencial de crescimento”, emenda Gilberto Corazza, VP de AdSales da Turner no Brasil.
O evento reforçou que, apesar da queda de 2% na base (cerca de 400 mil de assinantes) entre 2015 e 2016, a audiência individual tem crescido (chegando a 3h19 diárias dedicadas ao meio) e o setor enxerga espaço para expansão e investimento. Atualmente o Brasil é o 8º mercado de TV por assinatura no mundo.