Two Sides realiza The Power of Print América Latina 2021

Organizadores e apoiadores fazem a abertura do evento, que está na sua terceira edição internacional (Reprodução)

O seminário The Power of Print América Latina 2021 foi realizado em formato on-line pela Two Sides e ESPM com o apoio do PROPMARK na manhã desta quarta-feira (15). Mediado por Jane de Freitas, head de marketing institucional e relacionamento estratégico da ESPM, o evento abriu com comentários da editora-chefe do PROPMARK Kelly Dores, do country manager Fabio Arruda Mortara, e do coordenador do curso de Publicidade e Propaganda da ESPM Paulo Cunha. Organizadores e apoiadores falaram sobre a importância de se garantir O lugar da mídia impressa em um mundo digitalizado.

O tema desta terceira edição Pop Internacional ganhou no primeiro painel a análise de Fabio Meneghati, sócio e CEO da Greenz. “A mídia impressa não vai morrer. Ela será cada vez mais importante para conferir credibilidade à soluções integradas”, pontua o executivo, que falou sobre O poder da mídia impressa nas estratégias de comunicação.

Meneghati cita projetos que comprovam a eficácia do meio, mesmo diante dos desafios que o setor enfrenta – nesta quarta-feira (14), o espanhol El País informou o término de sua edição em português. No trabalho de reposicionamento para a seguradora Icatu, por exemplo, o engajamento com o público e investidores “só aumentou quando passamos a ter presença na mídia impressa”, conta o executivo. “Foi um dos maiores resultados de campanhas da marca no Brasil”, garante.

Paulo Pessoa, diretor comercial executivo do Estadão, ao lado de Jane de Freitas, head de marketing institucional e relacionamento estratégico da ESPM (Reprodução)

O CEO da Greenz deixa alguns ensinamentos: cada formato de peça de mídia é único; a mídia impressa tem caráter imprescindível conforme o setor que está sendo trabalhado; online to online (O2O) é imperativo; credibilidade e audiência qualificada são essenciais; e mídia impressa e digital são complementares.

Depois, Daniel Dunn, fundador e CEO da Paperplanes, empresa britânica de mala direta baseada em SaaS (software as a service), conduziu a apresentação Dados: impulsionando a evolução da mala direta. “O e-mail é uma forma acessível de comunicação, mas é preciso ficar atento para sobrecargas”, adverte Dunn, que ainda alerta para o uso de dados em conformidade com as regulamentações previstas na Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).

“Os dados dão acesso e ajudam a personalizar o conteúdo, mas a falta de clareza no uso ainda atrapalha”, lembra Dunn, que atua como orientador na área de marketing na Manchester Business School, além de integrar o corpo docente do curso de Marketing de Varejo na University of Manchester e de Data Analytics na University of Bath.

Para além de questões tipicamente brasileiras, como os problemas intrínsecos à logística de entregas, Dunn garante que a mala direta “é um canal que pode ser eficaz como retargeting, alavancando vendas e mostrando o valor do meio impresso”, orienta.

Com 23 anos de experiência no mercado gráfico, Virginia Cruz fala sobre as sensações despertadas pelo papel (Reprodução)

Já Virginia Cruz, que tem 23 anos de experiência no mercado gráfico, frisou os “estímulos sensoriais que só o papel pode causar”. Especialista em programas realizados na Alemanha, Brasil, Colômbia e Estados Unidos, a executiva lembra os diferenciais despertados pela cor, textura, tato e até pelo cheiro de uma impressão que acabou de sair da gráfica.

“Essa é a magia e o encanto da mídia impressa, que nas telas se perde”, comenta Virginia, que é professora de Gerenciamento de Processos Gráficos Digitais no Instituto Gutenberg, Argentina, e presta assistência técnica em empresas por meio da coordenação da X.Graf Technology SRL. Virgínia também frisa a necessidade de unir as potencialidades do impresso e do digital. “O impresso é democrático, chega a todos”, destaca.

O encerramento do POP 2021 – O lugar da mídia impressa em um mundo digitalizado foi feito por Paulo Pessoa, diretor comercial executivo do Estadão, responsável por projetos como Estadão Blue Studio, operação de publicidade que em apenas nove meses criou em conjunto com agências e clientes cerca de mil projetos e soluções de negócios embasadas em dados e performance

“Credibilidade e audiência qualificada estão entre os nossos principais diferenciais”, destaca o executivo, que possui 12 anos de experiência nas áreas comercial e de marketing.  

Fabio Meneghati, sócio e CEO da Greenz: mídia impressa não vai morrer (Divulgação)

Com mais de 47 milhões de visitantes únicos no portal, uma das maiores bases de assinantes do Brasil e cerca de 16 milhões de engajamentos nas redes sociais, o jornal O Estado de S. Paulo puxa a evolução de parcerias multiplataforma. Um dos exemplos é o projeto idealizado para a área de crédito imobiliário do Itaú, que inclui o jornal – agora em formato Berliner – digital, audiovisual, rádio, podcast, conteúdo e social. “Foram mais de 50 milhões de impactos e 2,5 mil leads gerados”, conta Pessoa, que conclui: “O impresso é a alavanca inicial para a geração de credibilidade”.

A Two Sides é uma organização global sem fins lucrativos, que defende o fortalecimento de uma cadeia sustentável de suprimentos de comunicação gráfica e de embalagens com base em celulose, fornecendo dados capazes de comprovar o poder de atratividade da impressão em papel.

A campanha Love Paper, por exemplo, mostra que 90% da energia usada pelas indústrias de base florestal no Brasil é originada por fontes renováveis. “Reconverter papel e tinta passíveis de serem reciclados é uma das principais preocupações da indústria gráfica hoje”, lembra Virginia.

O encontro contou com o patrocínio da Bo Paper, Koenig e Bauer e Plural Indústria Gráfica, e a organização ficou a cargo da APS Feiras e Eventos. Entre os apoiadores institucionais, estão Abap, Abemd, Ampro, Andigraf, Aner, ANJ, APP, Fenapro e Popai. 

Confira a edição do POP 2020 – Construção de Marcas: O papel da comunicação impressa: