Considerada uma das agências mais criativas do mundo, tendo sido eleita a agência da década pelo Festival Cannes Lions, a AlmapBBDO tem uma visão mais humanista da área de mídia. A diretora de mídia Luana Gallizzi afirma que o sucesso de qualquer mudança são as pessoas.

“Elas devem estar embarcadas e atualizadas sobre tudo e os profissionais de mídia já vêm se transformando ao longo dos anos e possuem uma flexibilidade maior nesta mudança de cultura, sendo parte crucial deste processo de transformação. A integração cada vez maior das pessoas da área com outros departamentos, como business intelligence, planejamento e criação, proporciona uma imersão holística no estudo dos dados disponíveis, de onde extraímos a melhor recomendação conjunta para cada desafio. Não adianta termos tantos dados e fontes de informação se não temos também nosso lado humano bem desenvolvido e preparado para trabalhar com mais e novas ferramentas e interpretar os dados com foco nas necessidades do cliente”, destaca.

Para a executiva, as pessoas são a chave para identificar dados, nichos e canais. “Encontrar canais e nichos é a consequência natural depois de se estudar muito sobre comportamento das audiências e dados das marcas. Estamos em uma época de análises mais profundas, que tratam, sim, de eficiência, mas também que ajudam a contextualizar a mensagem de maneira a tocar as pessoas e criar uma conversa ou impacto realmente relevante no momento de vida em que elas estão”, ressalta Luana.

Luana Gallizzi: “Quem ainda estava em fase de aceleração digital levou um ‘empurrão’“

A diretora de mídia da AlmapBBDO acredita que a importância do profissional de mídia cresceu mais e mais dentro do negócio das marcas e isso é refletido não só na disputa de profissionais capacitados pelas agências, mas também por veículos de comunicação e anunciantes. “Temos acompanhado nos últimos anos como essa inteligência de canais e das audiências tem estado mais presente nas conversas macro de negócios, como conseguimos aplicar soluções em conversas, utilizando dados históricos e de mercado, que antecedem qualquer planejamento”.

Para ela, o principal desafio do mídia hoje é ser mais diverso e antenado. “Somos especialistas, e cada vez mais isto é importante, porém precisamos ultrapassar a barreira da conversa de mídia e levar esse conhecimento para discussões estratégicas de performance de marca. Porque no final, não se trata do canal “x” ou “y”, mas como a aplicação daquela estratégia, focada em objetivos e resultados claros, pode trazer novos pontos de vista e novas formas de atuação, potencializando os resultados dentro de um olhar afiado de distribuição de mensagens”, pontua Luana.

Ela afirma que no cenário de pandemia, com muito mais incertezas, os testes e acompanhamentos de suas aplicações ficaram mais dinâmicos, voltados para um olhar de aprendizado quase que do zero. “Hoje sabemos mais, porque tivemos mais de um ano de aprendizados em ondas que nos traziam o reflexo do momento das pessoas, mas foi desafiador. Este acompanhamento diário da mídia, a descoberta de novos motivos, do reflexo das pessoas diante da crise, foi um aprendizado para trabalhar em modo constante de dupla atenção”.

No pós-pandemia, a executiva antecipa que a principal tendência são os anunciantes aumentando os investimentos em mídia digital. “Quem ainda estava em fase de aceleração digital levou um ‘empurrão’ na pandemia e, com mais pessoas engajadas nas plataformas, com mais tempo de navegação, novas descobertas e experiências, as empresas tiveram de desenvolver tecnologias e melhorar seus pontos de contato. Outra tendência que vejo é que, com a chegada de vários streaming e agregadores de conteúdo, nosso desafio será estar junto dessa audiência. E por falar em conteúdo, que se mostra cada vez mais necessário e desejado, enxergo que produtores de conteúdos e influenciadores terão de se profissionalizar mais no quesito mídia, indicando mais índices de alcance, engajamento e retorno, além da busca de parceiros mais alinhados aos valores da marca”, afirma.