Estreia nesta segunda-feira (18), o primeiro dos três episódios do mini documentário “Sangue Azul”, que marca o lançamento da parceria entre o BuzzFeed Brasil e o Blue Note São Paulo, anunciada recentemente pela diretora-geral do BuzzFeed no país, Luciana Rodrigues, e os sócios da filial paulistana do famoso clube nova-iorquino, Flavio Pinheiro e Luiz Calainho.

Luiz Calainho, Flavio Pinheiro, Luciana Rodrigues, Ale Santos, Gaia Passareli e Gabriel “Sukita” Matos (Divulgação)

Nesse primeiro trabalho em conjunto, filmado no Blue Note e pensado pelo BuzzFeed Vozes, selo de diversidade do BuzzFeed, especificamente para o mês da Consciência Negra, a produção traz o pesquisador Ale Santos contando a história de quatro personagens cuja relevância acabou sendo subtraída da história oficial brasileira: Chico Rei, Zacimba, Manoel Congo e Marianna Crioula.

“Vou contar algumas histórias de reis e rainhas pretas que estiveram no Brasil”, diz Santos no primeiro vídeo da série.

O relato joga luzes sobre a luta de personagens heroicos que, conforme lembra Luciana Rodrigues, tiveram seus feitos e conquistas escondidos na narrativa oficial.

“Histórias de luta e sofrimento. Como também era de muito sofrimento o árduo trabalho dos afro-americanos nos campos e estradas dos Estados Unidos. Nas suas canções, surgiu a Blue Note, a nota que dá nome ao clube, e que soa como um lamento”, complementa Gabriel “Sukita” Mattos, diretor criativo do BuzzFeed e um dos criadores do selo de diversidade racial da empresa no Brasil, o Vozes.

“Existem inúmeros problemas que afetam profissionais negros no mercado de trabalho e o Vozes surgiu como uma iniciativa para fazer com que as pessoas se sintam bem em um mercado ainda majoritariamente branco. O trabalho do selo tem todo o DNA do BuzzFeed mas é focado em uma pauta racial, não só de pessoas negras, mas de amarelas e indígenas”, explica Sukita.

Próximo selo a ser lançado em breve pelo BuzzFeed, o BuzzQueer já trabalha com temas ligados a questões do universo LGBTIQ, também presentes no Blue Note. “Já nascemos com uma brigada diversificada, nossa equipe é formada por homossexuais, transexuais, heterossexuais, negros, brancos, a gente sempre quis ter este mix. […] É incrível como há empresas que não pensem dessa forma. Como uma empresa, sobretudo aquelas ligadas à cultura, não pensa dessa maneira?”, questiona Flavio Pinheiro, do Blue Note.

“A gente acredita que o Blue Note, esta casa com alma, seja o palco ideal para dar voz a todas as questões e assuntos que a gente quer compartilhar com a nossa audiência. As duas marcas têm uma total afinidade, ambas são pautadas pela diversidade e a inclusão e são espaços que promovem, com autenticidade, pontes na sociedade. Por isso, mais do que um media partner tradicional, desde o início das nossas conversas o foco está em criar conteúdo relevante, que tem de ser falado e é capaz de ajudar a mudar a sociedade”, conclui Luciana Rodrigues.