Jaqueline Silva: parcerias, novos cenários, influenciadores e investimento no digital (Divulgação)

O Canal Rural anunciou uma parceria inédita com a emissora britânica BBC para a veiculação da série documental Follow the Food, conforme o PROPMARK adiantou com exclusividade em setembro.

Ao longo de seis episódios, com estreia marcada para 6 de novembro às 19h30, será possível acompanhar o caminho do alimento desde o campo até a mesa dos consumidores. O programa terá apresentação de Priscila Brandão, e também ficará disponível na plataforma VOD do canal.

O conteúdo, exibido nos Estados Unidos, mas inédito no Brasil, é mais um passo da emissora na diversificação de sua grade, que tem investido na ampliação de sua vertical de entretenimento. Hoje, o Canal Rural tem três grandes pilares: jornalismo, dados e conteúdo sobre o agronegócio local para o Brasil e o mundo. Para a rede, a veiculação da série documental se encaixa nesta última categoria.

A negociação com a BBC, inclusive, é fruto de uma ação da Corteva Agriscience, que amarrou todas as pontas do projeto, somada a chegada da jornalista Jaqueline Silva, gerente de produção e programação do Canal Rural, há cerca de quatro meses.

“Eu vim com a missão de transformar a cara do Canal Rural com um núcleo artístico. A emissora sempre foi muito jornalística, primou pela informação, mas resolveu investir na parte artística para ter um ar diferente. Sabemos que hoje o entretenimento é uma ferramenta muito importante e o agro ainda tem um caminhão para crescer nesse sentido”, aponta.

Até por isso, a emissora aposta em um plano de divulgação digital da série, que inicia essa semana em suas redes sociais, além da aproximação com influenciadores.

Nomes como o da apresentadora e chef de cozinha Gilda Bley constam na estratégia do canal, que deve ainda reunir parceiros e agências para o evento de lançamento de Follow the Food no auditório da JBS.

“Estamos preparando um convite diferente [para o lançamento], algo que instigue as pessoas realmente a pensar daqui a 30 anos em como vai ser a nossa comida. Será que estaremos tomando pílulas em vez de estarmos comendo uma maçã?”, questiona.

Outra iniciativa será uma live no Facebook após a exibição do primeiro episódio, para comentar o programa.

Segundo Jaqueline, o Canal Rural tem o licenciamento exclusivo do conteúdo durante um ano e há planos de uma segunda temporada. “Vamos colocar no ar e fazer com que a série tenha uma boa repercussão. […] Nossa intenção é coproduzir a próxima temporada internacional junto com a BBC.” Caso a colaboração se concretize, o Canal Rural deve produzir o conteúdo no Brasil e também em outros países.

Novidades
Além da BBC outras parcerias também estão no radar do Canal Rural, mas Jaqueline prefere ainda não divulgar. No entanto, a emissora deve renovar sua grade artística em 2020 e, em breve, deve inaugurar novos cenários.

“A nossa ideia é deixar o agro com um pouco mais de entretenimento. Tudo o que usamos passa pelo agro: roupa, comida, tudo que o urbano utiliza hoje, ele precisa que alguém esteja cuidando disso no campo e não paramos para pensar a respeito disso porque nunca fomos estimulados nesse sentido”, adverte Jaqueline.

Segundo a executiva, um dos objetivos de se digitalizar é rejuvenescer a marca.

“Temos uma preocupação com a sucessão familiar, como vamos continuar com esse nosso telespectador no futuro? Cada vez mais o Canal Rural estará no digital. Estamos construindo um lab e vamos colocar vários programas bem diferentes no ar, produzidos por nós de forma nativa: podcasts, entrevistas, agenda e queremos falar do nosso mundo digital. Esse lab vai ser construído muito rapidamente porque há uma estratégia grande pela frente para atingir este público mais jovem de outras formas que não só a TV”, conclui.