Falido em 2018, quando também rodou sua última edição impressa, o Diário de S. Paulo voltará a circular “em breve” em sua versão impressa e também disponibilizado na versão web, conforme informa o site oficial da publicação.

Última capa do Diário, publicada em janeiro de 2018

Segundo a Folha de S. Paulo, o responsável por retomar o negócio é o empresário Kleber Moreira, ex-candidato a deputado estadual em São Paulo pelo então PEN (hoje Patriotas). A publicação explica que Moreira arrematou por R$ 30 mil um pacote de 32 marcas relacionadas ao jornal Diário de S.Paulo.

Não há data certa para o retorno, nem nomes específicos da nova equipe do jornal.

“A primeira edição do jornal saiu em 8 de novembro de 1884, com o nome de Diário Popular, editada por José Maria Lisboa e Américo de Campos. O matutino tinha como característica ser um jornal de pequenos anúncios. Sua tiragem era razoável e, garantindo uma situação financeira sólida. O jornal vinculado ao Diário Popular, também chamado Popular da Tarde era especializado em esportes. Neste formato, circulou entre dezembro de 1968 e novembro de 1988”, diz o texto publicado no site do veículo.

Rodrigo Lisboa Soares, bisneto de José Maria Lisboa, o fundador, vendeu o jornal ao grupo do ex-senador e ex-governador de São Paulo, Orestes Quércia. Em 2001, foi comprado pela Infoglobo, empresa das Organizações Globo, proprietária também dos jornais O Globo e Extra.

“O grupo Globo projetava um jornal na região de São Paulo e mudou o título do veículo para Diário de São Paulo, mesmo nome de jornais lançados, em 1865 e em 1929, este por Assis Chateaubriand e que pertencia ao conglomerado Diários Associados. A Infoglobo propôs uma nova linha editorial para o jornal, menos popular e policial”, segue o texto.

Em 15 de outubro de 2009, o empresário J. Hawilla, proprietário da rede de jornais Bom Dia, da empresa de marketing esportivo Traffic e da TV TEM, comprou a publicação, assim como o parque gráfico, localizado na Grande São Paulo. Em 2 de setembro de 2013, a Traffic vendeu o controle acionário do jornal para o grupo Cereja Comunicação Digital.

“Exatamente um ano e nove meses após sua última edição, o jornal retoma suas atividades com uma proposta editorial arrojada. Para isto, uma equipe com nomes respeitados do jornalismo brasileiro está sendo contratada para manter a credibilidade, seriedade e independência que deram ao jornal a fama ao longo de mais de um século e meio de existência”, diz o texto, sem citar nomes específicos.