Divulgação/ Disney

Durante os três dias de D23 Expo, a The Walt Disney Company compartilhou com o público seus próximos projetos e visão para o futuro de suas marcas e produtos. O evento acontece a cada dois anos e em 2019 foi realizado entre 23 e 25 de agosto em Anaheim, na Califórnia – cidade onde está localizada a primeira Disneyland.

Dentre os diversos anúncios e revelações feitas sobre cinema, TV, streaming, parques, experiências, espetáculos e licenciados, o ponto em comum entre todos os principais painéis promovidos na convenção foi a busca da companhia por uma maior integração entre seus diversos pilares. O live action do filme Jungle Cruise, por exemplo, que chegará aos cinemas no próximo ano ambientado na Amazônia brasileira e estrelado por Dwayne Johnson e Emily Blunt, é inspirado em uma das atrações de maior sucesso do Magic Kingdom, da Disney World.  

O conteúdo original do serviço Disney+, que será lançado em novembro deste ano nos Estados Unidos (e chega à América Latina em 2020), contemplará produções que irão expandir o universo de marcas adoradas pelo público, como a Marvel – que ganhará oito séries diferentes que estarão interligadas entre si e aos próximos filmes dos heróis, além de espaço próprio em dois os parques da Disney.

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Nos cinemas, a saga Star Wars chega ao fim em dezembro deste ano com o episódio IX ‘Ascensão Skywalker’, mas os fãs terão não apenas quatro novos títulos na plataforma, como experiências nos parques da Disney. Além do Galaxy´s Edge, a área temática da saga construída simultaneamente na Disneyland Califórnia e na Disney World de Miami, a empresa anunciou um projeto imersivo bastante ousado para este último parque. No Star Wars: Galactic Starcruise, os visitantes poderão “embarcar”, por dois dias e duas noites, em uma nave onde viverão como se estivesse, de fato, dentro da história. Lá eles irão realizar as atividades do dia a dia, como dormir e se alimentar, e também experimentarão “treinamentos jedi”, poderão entender o funcionamento de uma nave, farão alianças com o lado da força com o qual mais se identificam, e irão interagir com personagens – alguns que já existem e outros que foram criados especialmente para a atração. Ainda de acordo com a Disney, todos os parques ao redor do mundo deverão englobar cada vez mais atividades de outras marcas da companhia – mas sem deixar de lado os desenhos clássicos e a presença do ícone Mickey Mouse.

Já em coletiva para a imprensa global, Jennifer Lee, CCO da Walt Disney Animation Studios, e Pete Docter, CCO da Pixar Animation Studios, reforçaram que, apesar de operarem de maneira independente, cada um com suas características, os colaboradores dos estúdios trocam constantemente informações sobre tecnologia e processos criativos.

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Mesmo com esforços para que seus fãs vivenciem suas histórias preferidas junto a elementos que transcendam os conteúdos produzidos, ao contrário do que se especulava no mercado, pelo menos por enquanto as marcas da 21st Century Fox (que inclui o estúdio 20th Century Fox, marcas de pay TV como a Fox e participação no Endemol Shine Group), adquiridas pelo conglomerado no início deste ano, permanecerão independentes – a exceção é a inclusão de todas as trinta temporadas de Os Simpsons no Disney+. Com isso, não será tão cedo que o público dos quadrinhos poderá ver na mesma tela os Vingadores e os X-Men trabalhando juntos. Um dos principais motivos para essa divisão, de acordo com os executivos da empresa, é a característica das produções Disney, que em todos os seus pilares busca levar “conteúdo e valores familiares” para todas as idades. Já a Fox continuará tendo a liberdade para criar títulos com temática mais adulta.

PARCERIAS

Durante a convenção foram ainda anunciadas parcerias em diferentes áreas de atuação. A primeira delas é com o Cirque du Soleil, que vem trabalhando com a equipe de Imagineers (grupo de profissionais que atuam com o desenvolvimento, criação e design dos parques e instalações da empresa) e de animadores dos estúdios para a criação de um novo espetáculo para o Disney World. O show terá como mote o processo de animação em si, e terá os artistas interagindo com os personagens de animação, assim como canções originais que irão ser mescladas às trilhas sonoras clássicas.

Por fim, focada no segmento de licenciados dos Estados Unidos, a companhia divulgou projeto que irá incluir espaços Disney Store em 25 lojas da Target ainda neste ano; para o próximo, a previsão é a abertura em outras 40 unidades da varejista. O acordo se estende para os canais digitais e mobile da rede e prevê a inauguração de uma Target dentro da própria Disney World. O objetivo é fazer com que a “magia Disney” esteja mais acessível para o público ao redor de todo o país.