Divulgação

A Simba Content, a Paris Entretenimento e a Paris Filmes receberam a imprensa em São Paulo na tarde desta terça-feira, 16, para comunicar os termos de parceria firmada entre as empresas.

A Simba irá investir nas empresas do grupo Paris em acordo que prevê sua participação em produções que já estão em andamento, como o filme Turma da Mônica: Laços, que será lançado em junho deste ano; e em projetos que ainda serão gravados, como a cinebiografia de Silvio Santos, cujas filmagens devem começar entre novembro e dezembro de 2019.

A Simba Content é uma joint-venture entre o SBT, a RecordTV e a RedeTV! anunciada em 2017. A programadora licencia os canais junto às operadoras de TV fechada. Desde sua formação, a principal bandeira da empresa é a cobrança pela exibição da programação de suas associadas nas TVs por assinatura. Na época de seu lançamento ao público, a empresa havia anunciado que também iria produzir, comprar e distribuir conteúdo (relembre). “Existe interesse na estratégia de ampliar a presença na pay TV, mas não basta ter um canal: o problema é a distribuição. No cenário atual de retração econômica, onde há perda de assinantes, isso não é fácil, mas ainda temos esperança”, comenta Carlos Alkimim, diretor da Simba.

De acordo com a determinação do Cade (Conselho Administrativo de Defesa da Economia), 20% do faturamento consolidado da operação da Simba deve ser destinado à produção de conteúdo 100% nacional. Para Alkimim, o principal objetivo da parceria com a Paris é fomentar a produção audiovisual brasileira para que a empresa obtenha retornos que serão posteriormente reinvestidos em novos conteúdos. “Inicialmente essa união acontece só neste ano, mas a ideia a longo prazo é que ela seja renovada e também replicada com outras distribuidoras e produtoras”, explica.

Já Marcio Fraccaroli, diretor geral da Paris Filmes, enfatiza que a distribuidora terá autonomia para comercializar as produções de acordo com a melhor estratégia para cada filme, e que não haverá prioridade para as três emissoras que formam a Simba. “Essa parceria dá ao produtor mais recursos, rapidez e escala para trabalhar. Somos uma empresa que possui múltiplos contatos com canais abertos, fechados e serviços de streaming, e a Simba vem pra somar. Iremos avaliar caso a caso, formatos de distribuição simultâneos, as possibilidades são múltiplas”. “Apesar de sermos uma joint venture entre três emissoras, somos uma empresa totalmente independente em nossas ações, estratégias e produtos”, complementa Alkimim.

 Para Anderson Napolião, também diretor da Simba Content, o acordo é um “marco para o audiovisual, onde grandes empresas se unem em prol de um setor”. Já Renata Rezende, diretora executiva da Paris Entretenimento, reforça a importância da produção cultural dentro do atual cenário sociopolítico e impasses entre o TCU e a Ancine. “Um país que não preserva sua cultura é um país sem história, sem registro”, acredita.

VEJA TAMBÉM: 20% das receitas da Simba serão para produções brasileiras