Modelo berliner
Com 146 anos de circulação, o jornal O Estado de S.Paulo dá passo decisivo para mostrar que o meio jornal está com fôlego e energizado para as demandas dos seus 90 mil assinantes da versão impressa.
Popularmente chamado de Estadão, que fortalece a marca original, o veículo dá início neste domingo (17) a uma nova fase com a adoção do modelo berliner, mais compacto em relação ao standard, com sua dimensão de 600 mm x 750 mm (23,5 pol. x 29,5 pol.), usado desde sua fundação e mantido na última reforma gráfica feita em 2002.
Faz parte de um processo de transformação do veículo. Mas que não interfere na qualidade do seu conteúdo editorial, que é baseado em fatos, apuração consistente e, sobretudo, antídoto às fake news.
Aliás, as chamadas fakes news ajudaram a projetar o jornalismo com lastro nesse período recente, no qual o conceito de vender gato por lebre proliferou no país. Porque o combustível de jornais como o Estadão é a credibilidade da marca, conquistada apenas pela verdade. E o leitor sabe muito bem disso.
O fascínio pelo jornalismo impresso não desaparece. O manuseio das páginas é uma experiência única. Leio alguns jornais impressos por dia. O Estadão é imprescindível logo que chega, ainda sem dia claro. Não saio de casa sem fazer uma detalhada leitura em um horário que os telefones não tocam e os e-mails ainda não foram disparados. Os editoriais esclarecedores e reportagens com textos irrepreensíveis são um bom parâmetro para concorrentes de peso, que também não se descuidam do investimento em qualidade.
O Zero Hora, de Porto Alegre, investiu no berliner há algum tempo. Depois outros jornais seguiram o modelo que é benchmark dos publishers alemães. O Dia, a extinta A Gazeta, de Vitória, e Gazeta do Povo, de Curitiba, optaram pelo formato que oferece agilidade à leitura, fundamental para o leitor. Essa dinâmica estará presente no novo Estadão.
Durante muitos anos, o PROPMARK usou o modelo standard, mas a mudança para o berliner foi uma decisão que tomamos sem arrependimento. Francisco Mesquita, diretor-presidente do Grupo Estado, não vai se arrepender. Não se trata de economia da commodity básica à impressão, o papel, cada vez mais cara. Mas de algo que a jornalista Janaina Langsdorff traduziu bem na matéria sobre a mudança do Estadão, publicada nesta edição na página 35.
“Apresenta páginas que se encaixam melhor no campo de visão do leitor, textos com corpo de letra maior, seções separadas por cores e formato mais fácil de transportar, manusear e compartilhar.”
Em qualquer empresa, uma boa gestão precisa dar atenção aos custos, mas o Estadão não prescinde nesse processo de transformação do que realmente é relevante para o leitor: a informação. O novo design agrega valor para o jornal manter um apelo aderente à era digital. Como já está.
O Estadão é multiplataforma. Está presente no Facebook, Instagram, Twitter, TikTok, YouTube, site, APPstadão e podcast. O digital ampliou o conhecimento dessa marca que tanto inspira os brasileiros, decidida à coragem de não omitir fatos. Postura que desagrada alguns que até buscam expedientes contraditórios ao estado democrático de direito.
O Estadão também é plataforma para grandes anunciantes perpetuarem suas campanhas publicitárias com ROI.
A relação do Estadão com a publicidade foi motivo para o Prêmio Colunistas São Paulo elegê-lo como Veículo do Ano em 2021. O jornal é representante oficial no mercado brasileiro do Cannes Lions Festival Internacional de Publicidade, o mais importante do mundo.
A publicidade é essencial para a liberdade de imprensa e o entrosamento institucional do Estadão com a atividade comprova que o caminho para manter independência e respaldo dos seus leitores, que aprovaram a reestruturação estética, tem a ajuda dos investimentos em publicidade feitos pelas agências e anunciantes.
Com o formato berliner, os anunciantes vão se aproveitar dos benefícios do novo produto. Com uma linguagem mais próxima do que as revistas ofereciam. Agora disponível na nova formatação do Estadão.
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ESPECIAL CMO
Matéria de capa desta edição traz o Especial CMO powered by Makers & PROPMARK, em que foram escolhidos dez profissionais de marketing de grandes marcas que se destacaram no mercado, em um período de grandes desafios e transformações. Se em 2020 a Covid-19 virou o mundo de cabeça pra baixo, 2021 foi marcado pela consolidação das muitas mudanças que a pandemia provocou nos negócios, como a acelerada digitalização das empresas e a explosão do e-commerce, exigindo dos CMOs (chief marketing officer) um passo à frente para entender a nova jornada de consumo das pessoas, cada vez mais híbrida e complexa.
“Hoje é impensável imaginar ser CMO de uma grande marca e não ter total conhecimento de onde está a atenção do seu consumidor, quais são seus motivadores de compra e como ele se comporta em uma jornada de consumo cada vez mais híbrida em multiplataformas”, destaca Thiego Goularte, founder da Makers, rede de apoio que conecta líderes de marketing.
Os executivos destacados em 2021 são: Ana Paula Ribeiro (Magalu); Beatriz Bottesi (Facebook); Denise Door (Amaro); Kim Farrell (TikTok); Mariana Rhormens (Havaianas); Sandra Montes (Rappi Brasil); Simone Murata (NotCo); Stella Brant (Liv Up); Thaís Azevedo (Zé Delivery/Ambev) e Tiago Lessa (Globoplay). Como destacou a campanha para este especial, criada pela F&Q, Eles encararam um ano que não estava no briefing.
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RETORNO
Os impactos do home office foram grandes e, agora, todos devem se adaptar aos planos do retorno presencial. A grande maioria planeja a volta para janeiro. Mas algumas agências, como a WMcCann, já esquetam os motores. A ideia é trazer de volta parte da equipe em novembro, mas os gestores já trabalham presencialmente desde a semana passada para preparar o terreno e receber o time no mês que vem. No entanto, segundo a agência, apenas os 100% imunizados devem voltar ao trabalho, e ainda assim três vezes por semana. A estratégia é se adaptar ao novo ritmo. FCB e Dojo também voltam fisicamente em novembro.