Morre em São Paulo o publicitário Ivan Pinto
Antônio Carlos Moura, Ivan Pinto, Petrônio Correa Filho e Gilbert Leifert
Especializado em atendimento e nascido no Rio de Janeiro em 1930, o publicitário Ivan Pinto faleceu nesta sexta-feira (13) no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. Ele será velado no Funeral Home, na área central da capital, neste sábado (14) das 9h às 14h, de onde sairá para o Crematório da Vila Alpina.
O profissional começou sua carreira na Grant Advertising nos anos 1950. Depois teve passagens pela Standard e posteriormente pela J. Walter Thompson, sempre cuidando do gerenciamento de contas. A busca pelo conhecimento da atividade e o senso de compartilhar os conteúdos aos quais tinha acesso, levou Ivan Pinto naturalmente a atuar como professor na ESPM, em São Paulo, a partir 1957 e por 20 anos consecutivos.
Nesse período ingressou no conselho da instituição de ensino e, também, foi presidente executivo da escola criada para fomentar a cultura do marketing e da propaganda no mercado brasileiro. Sua próxima agência foi a Lintas (Lever International Advertising Sales), house agency da Gessy-Lever, onde atuou como atendimento e contato publicitário. Mudou para o outro lado do balcão em 1961, ou seja, para definir as estratégias mercadológicas como cliente, na gerente geral de propaganda e de marketing da Gessy-Lever (hoje Unilever). Esse momento foi considerado por ele como marcante em sua trajetória.
Cinco anos depois experimentou por um ano trabalhar no exterior como executivo da Lever Brothers em Nova York. Retornou ao Brasil para trabalhar na Lintas por mais 10 anos. Em 1997 assumiu a presidência da Proeme ao lado de Enio Mainardi. Ele consolidou a incorporação da agência para o grupo americano Interpublic. Em 1985 a Proeme foi absorvida pela Lintas, já uma agência de mercado, e surgiu a SS&B Lintas. Em 1991 conduziu a compra da MPM pelo Interpublic e assumiu a presidência da MPM Lintas. Além da dedicação profissional e ao ambiente didático, Ivan Pinto teve vida associativa consistente e participou de decisões importantes do mercado como a construção do arcabouço que resultou na Lei 4.680 em 1965.
Foi presidente da APP (Associação dos Profissionais de Propaganda), Abap (Associação Brasileira das Agências de Propaganda), Fenapro (Federação Nacional das Agências de Propaganda) e do Conar (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária). E também vice-presidente da ABA (Associação Brasileira de Anunciantes).