Motivações e expectativas

Edição 778

Pesquisa/ McCann

 

 

Fotos divulgação

Com o objetivo de entender quais as motivações e expectativas das mulheres millennials (conceito em que se refere, aos nascidos após 1980 até 2000) que representa 17% da população brasileira, o equivalente a 35 milhões de potenciais consumidoras, altamente conectadas (cerca de sete horas por dia on-line, segundo a Millward Brown), a McCann realizou a terceira edição da pesquisa “Truth About Street”.  Ao buscar aprofundar o conhecimento sobre esse universo, a pesquisa mapeou seu comportamento em seis dimensões distintas, e chegou à conclusão de que muitos dos mitos ou preconceitos usualmente associados a esse extrato geracional devem ser reexaminados pelas marcas que queiram dialogar e engajar esse público. E por falar em diálogo com as consumidoras, 70% delas acreditam que a publicidade poderia apoiar mais causas femininas, 46% se veem representadas de maneira caricata e redutoras de seu valor. O estudo então propõe a seguinte redefinição de conceitos:

Elas não são mimadas, são autoconfiantes: 65% se acham mais confiantes e 78% acham que tem mais oportunidades em comparação a gerações anteriores. Elas também são bem críticas quanto a sua própria geração: 65% julgam que suas contemporâneas se importam demais com a imagem e 55% acreditam que elas mais falam do que fazem.

Elas não são irresponsáveis, são empreendedoras, mas usam outra métrica para medir o sucesso, que está mais relacionado a ter controle do que ter dinheiro: 52% querem ter seu próprio negócio, 56% querem um trabalho que contribua para a sociedade e 55% afirmam que dinheiro ou posição são menos importantes desde que elas estejam realizando algo pelo qual sejam apaixonadas.

Elas não são indiferentes, são diferentes, e conscientes sobre sua valiosa contribuição para a sociedade: 70% acreditam não ser necessário ser feminista para ter um papel ativo e um temperamento forte, e 56% acreditam que as mulheres ocuparão mais papéis de responsabilidade e poder.

Elas não são liberais, são livres: 86% são mais abertas à sexualidade, 67% concordam com o casamento gay e 69% com que casais gays possam adotar filhos. O romantismo segue forte: 58% acreditam que as mulheres ainda buscam um príncipe encantado e 58% declaram que o casamento é importante para elas.

Entretanto ainda é marcante a tensão entre a liberdade individual e a pressão social: enquanto 45% veem o aborto como uma opção válida, 37% acreditam que a religião ainda desempenha um papel importante na vida das pessoas.

Elas não são narcisistas, são autoconfiantes: 66% estão satisfeitas com sua aparência física, porém 70% acreditam que a publicidade poderia apoiar mais causas femininas, até porque 46% se veem representadas de maneira caricata e redutoras de seu valor.

Elas não são materialistas, mas conectadas: 75% acham que sua geração se importa em demasia com o consumo, 75% comprariam mais produtos sustentáveis se eles fossem mais baratos, e 34% optam por marcas ambientalmente amigáveis.

 A pesquisa “A verdade sobre as mulheres millennials”, realizada pelo McCann Worldgroup em toda a América Latina, entrevistou mais de oito mil mulheres entre 15 e 35 anos, de todos os extratos sociais, em 25 cidades de 20 países. Só no Brasil, foram 1,4 mil entrevistadas no eixo Rio – São Paulo. Luiz Felipe Marques, gerente de planejamento da WMcCann foi o responsável pelo estudo no Brasil.