Movimento Volta Pinheiros faz parceria para medir níveis de poluentes do rio
Com a iniciativa, os novos parceiros querem possibilitar que a população possa acompanhar a evolução do projeto de despoluição
O movimento Volta Pinheiros aproveitou Dia Mundial da Água, comemorado nesta terça-feira (22), para anunciar a parceria com o IPH (Índice de Poluentes Hídricos), da Universidade de São Caetano do Sul (USCS), para a medição e o monitoramento das condições das águas do rio Pinheiros, em São Paulo.
Com o acordo, o grupo pretende verificar e divulgar níveis de poluentes do rio, como uma forma de permitir o acompanhamento pela população do projeto de despoluição, realizado pelo Governo do Estado de São Paulo e pela Sabesp desde 2019. As informações serão publicadas nas redes sociais do Volta Pinheiros e do IPH.
A ideia do movimento é mostrar a evolução dos dados cientificamente até o fim do ano, período para o qual o governo paulista e a empresa de saneamento prometeram a entrega do rio limpo.
Quando o projeto de despoluição foi iniciado, em julho de 2019, além da limpeza, o Governador João Doria disse que o rio Pinheiros também estaria despoluído até dezembro de 2022, com previsão de uma DBO (demanda bioquímica de oxigênio) abaixo de 30 mg/l. Segundo as aferições do IPH no fim de 2021, os níveis de DBO estavam acima de 75 mg/l.
“Esse dado tem sido ocultado pelos agentes responsáveis e diante da omissão, cobrar é um dever. Por isso, decidimos nos juntar com um núcleo de pesquisa para medir, acompanhar e divulgar os dados para os cidadãos”, afirmou Marcelo Reis, liderança do Volta Pinheiros e coCEO e CCO da Leo Burnett Tailor Made e ARC Brasil.
No mês passado, o Volta Pinheiros solicitou ao Estado as medições da DBO e de outros indicadores da qualidade das águas do rio via Lei de Acesso à Informação (LAI). A falta de dados e transparência é uma crítica constante do movimento, que no ano passado enviou o “perfume eau de Pinherrô” às autoridades cobrando informações sobre os níveis de poluentes.