Na contramão da crise econômica, mídia out of home amplia negócios

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Mobiliário da Otima no Porto Maravilha: marcas poderão veicular suas campanhas em 620 faces estáticas e em 30 digitais

Embora os indicadores econômicos não sejam muito animadores, o mercado de mídia out of home vai muito bem, obrigado. Um exemplo disso é a Elemidia, que possui, atualmente, três mil pontos de endereço espalhados pelo Brasil. A empresa teve um aumento de receita de 40% no primeiro semestre deste ano em relação ao mesmo período do ano passado. O resultado, no entanto, é fruto de uma estratégia robusta e de investimentos.

De acordo com Claudio Ferreira, diretor nacional de publicidade da Elemidia, a expansão da empresa foi fundamental para esses resultados. “Neste primeiro semestre, nós crescemos 15% o número de telas e pontos em relação ao ano passado inteiro”, conta. “Isso significa investimento em captação e instalação, entre outras coisas”, completa o executivo.

Apenas neste ano, a Elemidia adquiriu franquias em outras capitais – Porto Alegre, Curitiba, Rio de Janeiro, Brasília e Belo Horizonte. Além disso, a empresa trocou 80% das telas e aumentou o investimento em tecnologia.

Outra área em que a Elemidia reforçou a sua atuação foi a residencial. Presente com telas nos elevadores de condomínios apenas de São Paulo, pelo menos por enquanto, a empresa terminou junho com presença em 283 endereços. “Estamos trabalhando para fechar o ano em 950 prédios”, afirma Ferreira.
Outro ganho da Elemidia nesses seis primeiros meses foi a atenção com os fornecedores de conteúdo.

“Fechamos o ano passado com 104 fornecedores de conteúdo, como Reuters e Veja. Hoje, nós temos 150 fornecedores de conteúdo”, diz.

Apesar da crise, o diretor nacional de publicidade garantiu que, nessas horas, o segredo é não ter medo de investir no Brasil. “O crescimento a gente atribui a uma oportunidade de negócio, que é única. Além disso, nós imprimimos um ritmo de vendas na nossa equipe comercial, dobramos o número de visitas”, revela.
Ferreira vai ainda além. “Nós treinamos essas equipes, elas sabem a necessidade de cada indústria. A gente tem uma comunicação um a um, que é o nosso diferencial”, diz.

Otima
A Otima também é um exemplo de que o mercado de mídia out of home está se expandido. A empresa assinou no início deste ano contrato com a Concessionária Porto Novo, na qual será responsável pela implementação de diversos equipamentos de mídia OOH e pela comercialização exclusiva dos espaços publicitários em mobiliários urbanos do Porto Maravilha, no Rio. Com cinco milhões de metros quadrados, a região representa um dos maiores projetos de reurbanização do mundo e deixará um dos maiores legados da Rio 2016. O projeto está transformando a localidade e proporcionando impactos positivos na mobilidade urbana, na cultura e na habitação, promovendo o resgate social da região.

A Otima vai instalar 460 bancos e 640 lixeiras, mobiliários planejados pelo designer Guto Índio da Costa. As marcas poderão veicular suas campanhas nas 620 faces estáticas (dentre abrigos, bicicletários etc.), 30 faces digitais (relógios de rua) e 53 quiosques multisserviços.

Outra novidade do primeiro semestre deste ano foi o lançamento do Leve-me, aplicativo que tem como objetivo facilitar a mobilidade na cidade de São Paulo e, ao mesmo tempo, proporcionar experiência, interação e engajamento entre as marcas e consumidores.

Mesmo com a atual situação econômica do país, a Otima cresceu 10% em relação ao mesmo período do ano passado. “É um momento superdelicado para todos os brasileiro, mas, como a Otima é uma empresa muito nova, a nossa visão é de expansão, mesmo neste momento de crise”, conta Nilson Moysés, diretor-comercial da Otima. Além disso, o executivo atribui esse bom momento a outro fator. “Tem um cenário muito positivo na área de OOH, os anunciantes estão usando bastante essa mídia”, diz.