'Não Vou Pagar o Pato' é contra aumento de impostos
Contra o aumento e a criação de novos impostos, a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) lançou a campanha “Não Vou Pagar o Pato”, que traz a comparação das taxas cobradas em alguns serviços e produtos no Brasil em um folheto distribuído para a população que passa em frente à sede da instituição, na Avenida Paulista. Ainda na sede da Fiesp, o “mascote” da campanha, um pato de borracha gigante, foi instalado e outros materiais de comunicação são distribuídos. Além disso, a ação divulga um manifesto por meio do site www.naovoupagaropato.com.br, que vem registrando mais de 2 mil assinaturas por horas desde que foi lançado. A criação é da agência Prole.
No material comparativo, a Fiesp divulga o valor de produtos e serviços comuns do cotidiano, como arroz e feijão, que têm 17,24% de impostos, frango, 26,80%, e água mineral, 37,44%. Segundo o material, uma TV que custa R$ 1 mil, retém R$ 449,40 de impostos, enquanto no transporte coletivo a tarifa de R$ 3,50 inclui R$ 1,18 só de impostos.
Paulo Skaf, presidente da Fiesp e do Ciesp, explicou que a campanha foi criada para conscientizar a sociedade sobre a carga de impostos e evitar novo aumento da carga tributária. “Material escolar tem 40% em média de impostos”, lembrou Skaf. “Mesmo sem saber, as pessoas pagam impostos. Naquela geladeira de R$ 1.000 ele colocou R$ 400 de impostos”, exemplificou.
“Não estamos debatendo imposto da indústria, do comércio, de serviços ou de tecnologia, nós estamos, como brasileiros, de forma horizontal debatendo o imposto que está sobre as costas do povo brasileiro, da sociedade brasileira, das empresas, das famílias, que prejudicam tanto a competitividade e o desenvolvimento do Brasil”, disse Skaf. “Não é uma campanha da Fiesp, é uma campanha de todas as entidades que estão aqui”, ressaltou.
A campanha “Não Vou Pagar o Pato” é uma iniciativa da Frente Nacional contra o Aumento de Impostos, liderada por Skaf e criada em 3 de setembro, com amplo apoio de entidades de diversos setores.