Negociação na Europa pode unir Vivo e TIM no mercado brasileiro

Uma grande negociação fechada nesta terça-feira (24), na Europa, pode criar uma nova gigante da telefonia no Brasil. A espanhola Telefónica, controladora da marca Vivo, se tornou acionista majoritária na Telecom Italia, que detém a TIM.

Com o negócio em curso, a Telefónica está subindo sua participação na Telco, holding que controla a Telecom Italia, de 46% para 66%, assumindo a maior fatia do negócio. A intenção da empresa espanhola é aumentar ainda mais essa participação em um futuro próximo, buscando, inclusive, a totalidade das ações – hoje com frações nas mãos dos bancos italianos Mediobanca e Intesa Sanpaolo, além da seguradora Generale.

Com a negociação, é muito provável uma mudança a médio prazo na presença das marcas brasileiras Vivo e TIM – já que, de acordo com regras da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), um grupo não pode ter duas empresas que atuem no serviço de telefonia móvel em uma mesma região. Com isso, a saída mais fácil e lucrativa para o negócio seria uma união das bases de clientes, junto a uma unificação das marcas.

De acordo com dados da Anatel, Vivo e TIM são, nesta ordem, as duas maiores operadoras de celular do Brasil. Em julho, a Vivo apresentou share de 28,69%, frente a 27,22% da TIM. Juntas, a possível nova empresa teria nada menos que 55,91% do mercado, número mais de 30% superior a “futura” segunda colocada, hoje terceira: a Oi, com 24,97% de participação.

Até o momento, Vivo e TIM não comentaram as negociações.