Novos arranjos familiares apresentam desafios e oportunidades
Em sua sétima edição, o Congresso Brasileiro de Pesquisa de Mercado, Opinião e Mídia da Abep (Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa) trouxe para discussão o tema “Novos arranjos familiares – Um desafio para o Marketing”, durante palestra com Ana Helena Meirelles Reis, da MultiFocus Inteligência de Mercado.
Segundo estudo conduzido pelo instituto a partir de 441 entrevistas em painel online com chefes de famílias, hoje são cinco arranjos familiares diferentes: Parental, formado por casais hétero com ou sem filhos e sem filhos de casamentos anteriores; Pluriparental, casais com filhos de outros relacionamentos morando na mesma casa; Anaparental, pessoas sem filhos que dividem apartamento com amigos ou parentes sem filhos; Uniparentais, pai ou mãe que vivem com seus filhos em casa, sem a presença do companheiro ou ex-companheiro; e Homoparental, pessoas do mesmo sexo vivendo em união amorosa, com ou sem filhos vivendo junto.
O objetivo do estudo é identificar novos tomadores de decisão na hora da compra familiar e, assim, apresentar desafios e oportunidades para o mercado.
“De um modo geral, considerando o total da mostra, o chefe de família é aquele que decide os gastos da casa, independente do arranjo familiar”, comenta Ana Helena, diferenciando: homem e mulher tomam a decisão no arranjo Parental; a mulher no Pluriparental; no Anaparental a decisão é compartilhada entre homens e mulheres; no Uniparental, todas as decisões são delegadas pelo homem e, no homoparental, a decisão é tomada por quem tem a maior renda.
Terceira Idade
Pela primeira vez na historia o número de idosos será maior que o número de jovens. A realidade serviu de tema para o estudo “A longevidade da Vida em Rede: mercado e consumo das pessoas acima de 60 anos na internet” , apresentado por Diego Oliveira, da Ipsos Connect durante o congresso, e que aponta a terceira idade como oportunidade para o mercado.
Segundo a pesquisa, no ano 2000, 14% das pessoas com mais de 60 anos tinha interesse por tecnologia e apenas 1% delas tinha acesso à internet. Em 2014, o número de interessados por tecnologia saltou para 22%, enquanto o de acesso à internet foi para 18%.
Outro dado interessante sobre a conectividade na terceira idade é o acesso ao Facebook: hoje, 60% acessam a rede social todo dia, inclusive por dispositivos móveis.