O Brasil que queremos
Em boa hora, a TV Globo lançou uma campanha dando voz e vez aos seus milhões de espectadores, para se manifestarem através de vídeos gravados nos seus celulares, sobre o país que todos desejam.
Muito além das instruções técnicas para as gravações, como colocar o celular na horizontal para a gravação dos vídeos, há uma saudável intenção de provocar a população a falar por si e não pela voz dos seus representantes parlamentares, ou aqueles que são eleitos para os principais cargos executivos da nação brasileira.
Com o crescimento do populismo, líderes hoje indesejados e até condenados pela Justiça prosseguem se utilizando de mandatos populares que já caducaram para falar em nome do povo, distorcendo o sentido das suas aspirações e agindo como bonecos malandros de ventríloquos idem, todos sem compromisso algum com a verdade.
Embora apenas uma minoria de brasileiros terá vez na tela da Globo, temos a certeza de que a seleção do material que está sendo remetido pela população à emissora será cientificamente proporcional aos muitos grupos heterogêneos que formam a sociedade brasileira.
Esse trabalho bem feito produzirá um painel da maior importância não apenas para influenciar nas eleições gerais de outubro, como também para orientar os eventuais vencedores dessa ocasião, sobre o Brasil que queremos.
Se querer é poder, como diz o antigo adágio, que a classe política a ser renovada a partir dessas eleições respeite os mandatos outorgados, cumprindo a verdadeira vontade popular expressa não apenas pelas urnas, mas também, e principalmente, pelos vídeos a serem exibidos pela Globo, onde quesitos como honestidade de propósitos e capacidade de realizar o sonho e a necessidade de desenvolvimento do país deverão aparecer nos primeiros lugares dessa elogiável ação de pesquisa eletrônica.
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Muitas agências estão afiando suas armas para o árduo trabalho que já começa a ser exigido pelos clientes-anunciantes, com vistas ao enfrentamento de um ano que mal começou, mas já promete ser diferente no mínimo dos três últimos pelos quais acabamos de passar.
Há não apenas necessidades empresariais, fáceis de serem detectadas por todos os que entendem minimamente dos fenômenos econômicos, mas há também a preocupação com o aproveitamento de um novo momento no mercado brasileiro, com muitos experts afirmando que, finalmente, aprendemos a nos descolar economicamente da política.
Não entendemos assim, embora respeitando esse tipo de observação e conclusão. O que na verdade ocorre é a onda de segurança no país com vistas ao desenvolvimento econômico, através de um desmonte como jamais vimos no Brasil, nem mesmo conhecimento temos desse “fenômeno” em séculos passados, que pela primeira vez em nossa história pune governantes bandidos não apenas com o afastamento dos seus cargos, mas com sentenças judiciais de prisões de longo prazo, sempre em consonância com os ditames do Código Penal, que antes jamais fora utilizado para esse tipo de gente, digamos, de primeira classe.
Nesse particular, as agências que compõem em nosso país o chamado Grupo Publicis, ou Publicis Groupe, vivem um momento de grande expectativa e ansiedade pela aproximação do fim da quarentena imposta pelo alto comando da organização, a todas as unidades do grupo nos cinco continentes, emblematicamente a partir do último Cannes Lions e com suspensão prevista para o próximo.
Por essa quarentena, as agências pertencentes do Publicis Groupe não poderiam anunciar suas marcas, serviços e conquistas e sequer participarem de premiações do mundo publicitário, que exigem inscrições.
Como junho está cada dia mais próximo, cada vez observamos mais nessas agências instaladas em nosso país – e são muitas – uma espécie de ansiedade pelo alvará de soltura que se aproxima. Algumas delas pensam até em comemorar o dia D com uma espécie de ação conjunta, sem desrespeito à matriz e até mesmo elogiando a decisão que começou a partir de um descontentamento com os resultados do Cannes Lions de 2017, que teriam prejudicado – como ouvimos à boca pequena na ocasião, ainda em Cannes – intencionalmente o grupo de agências de origem francesa.
De qualquer forma, parabéns a vocês, agências que formam o poderoso e criativo Publicis Groupe em todo o planeta.
Aproveitem quando chegar o deadline e se vinguem das forças ocultas, mostrando, através de campanhas, anúncios e peças isoladas, o melhor de si em termos de comunicação publicitária, provando, principalmente, que em casa de ferreiro nem sempre o espeto é de pau.
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Este Editorial é em homenagem a todos os dirigentes das agências ligadas no Brasil ao Publicis Groupe, que souberam compreender a decisão tomada pelos acionistas majoritários deste, em junho passado, mas não perderam e nem sequer diminuíram sua capacidade de trabalho, vendendo com maior força a expertise das suas agências em nosso país, com destaque para as grandes e elogiáveis peças publicitárias criadas para os seus clientes.
Elas sempre falaram, durante todo o período de quarentena ainda não encerrado, o que através de anúncios, peças e campanhas próprias não pôde ser dito: presa pelo rabo, a criatividade escapa pela cabeça.
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Nossas leitoras – e são milhares – estão de parabéns pela passagem do importante Dia Internacional da Mulher, a ser transcorrido na próxima quinta (8), mas de alcance na sua essência, naquilo que mais motivou a sua criação, com resultados diários no calendário.
Nesta edição do PROPMARK, temos 15 páginas com entrevistas e relatos de conquistas das mulheres nas diversas áreas do mercado da comunicação.
Sem falar na própria capa da presente edição, com a chamada principal voltada para o inegável, sem necessidade de métricas: o aumento do espaço de trabalho feminino na publicidade brasileira.
Através das principais mulheres da vida do editorialista, meu tributo de gratidão: Ignez, Clarice, Silvia, Tatiana, Ana Paula, Júnia, Laura, Melina, Suely e Selma. No trabalho, a infatigável Nanny, assistente de valor incalculável no desempenho do seu trabalho. Na vida que ficou lá atrás, na infância, mas que se reflete até hoje em lembranças: a inesquecível professora do 4º ano primário (hoje Fundamental 1), Elda Ignez Bettarelo Gil, que deve estar no paraíso ensinando os anjos a serem homens.
Armando Ferrentini é presidente da Editora Referência, que publica o PROPMARK e as revistas Marketing e Propaganda (aferrentini@editorareferencia.com.br).