O fator humano das gigantes de tecnologia no Super Bowl
Os gigantes também amam. A frase é particularmente verdadeira se aplicada aos gigantes da tecnologia que trazem suas campanhas ao Super Bowl LIV deste ano. Em um dos eventos televisivos mais assistidos do mundo, empresas como Google, Amazon, Microsoft e pela primeira vez na história, o Facebook, já entenderam a relevância de fazer parte desse grande holofote.
Em meio a pelo menos 80 slots de 30 segundos ao longo das transmissões do canal Fox, no próximo dia 2 de fevereiro, as marcas de tecnologia têm encontrado um discurso muito próprio e autêntico para seu lugar ao sol: um olhar cada vez mais humano em seu discurso. Sem, necessariamente, deixar de lado mensagens chave para o desenvolvimento de seu negócio.
Há exatos 10 anos, o Google transmitia seu primeiro comercial no Super Bowl, que dava pistas sobre o valor das narrativas humanas. Em 2010, Parisian Love trazia a história de um personagem americano que, ao se apaixonar por uma moça francesa, teve ajuda das ferramentas de busca do Google para viver uma história de amor.
Uma década depois é a vez de “Loretta,” que narra a história de um senhor que usa o Google Assistente para manter vivas as memórias de seu amor. Segundo Lorraine Twohill, CMO do Google, a campanha reflete o compromisso da marca em criar ferramentas que ajudam as pessoas em sua vida diária, tanto nas pequenas ou nas grandes coisas.
“Loretta tem algumas coisas em comum com Parisian Love de 10 anos atrás. Ambos os comerciais são histórias de amor simples narradas através das lentes de nossos produtos. Ambas são inspiradas em pessoas reais. Na verdade, a voz que narra Loretta é do bisavô de um dos nossos funcionários”, explica Lorraine.
Com proposta completamente diferente, mas igualmente humana, a concorrente Amazon trouxe ao Super Bowl a vida cotidiana de Ellen Degeneres e de sua esposa Portia de Rossi. O comercial ganha um toque de bom humor e leveza quando ambas imaginam como era a vida no passado sem as facilidades da Alexa, a assistente virtual da Amazon. Um bobo da corte, uma empregada doméstica, um pombo correio e um jovem jornaleiro incorporam as “Alexas” do passado.
Com um discurso voltado para causas e propósito, como o empoderamento feminino, a Microsoft trouxe a história da primeira mulher a disputar um Super Bowl. Katie Sowers é técnica-assistente do San Francisco 49ers, que disputa o Big Game com o Kansas City Chiefs neste ano. No filme, Katie conta sua trajetória, sonhos de infância e a relação com o pai, que também foi técnico.
Ela narra ainda os desafios de ser mulher em um esporte majoritariamente masculino e como desde cedo os homens crescem sob liderança feminina, desde suas mães, avós e professoras. O fim do filme Katie conta seu desejo de ser um exemplo, uma porta para que mais mulheres sigam o mesmo caminho.
Completando a lista de gigantes de tecnologia no Big Game, o Facebook estreia com um filme que divulga, talvez, um dos fatores que mais nos definem como humanos: viver em grupos. Dando continuidade a campanha global “More together” (Somos mais juntos, no Brasil), a empresa de Mark Zuckerberg recrutou o ator Sylvester Stallone e Chris Rock para uma campanha que promete surpresas e bom humor.
Segundo a comunicação do Facebook, a ideia criativa é baseada na palavra “rock” e seus diversos significados e desdobramentos em inglês: foguete, pedra, o nome do boxeador mais famoso da história do cinema, Rocky Balboa, o sobrenome de Chris (Rock), a brincadeira pedra, papel e tesoura…
“A campanha celebra o poder da união das pessoas por interesses e experiências – seja por interesses de apelos massivos como música até paixões mais nichadas, como colecionar pedras. O final do spot tem uma surpresa que acreditamos que vá fazer as pessoas sorrirem, por isso estamos mantendo esse elemento do criativo surpresa até o dia do jogo”, disse uma fonte do Facebook ao PROPMARK.