O futuro ao homem pertence

Humanização é a palavra de ordem a partir de agora. E isso não significa deixar a tecnologia de lado. Muito pelo contrário. É sangue nos olhos! Mas o ser humano virá em primeiro lugar. O Banco Itaú acaba de mostrar isso, assim como o seu concorrente Bradesco.

A ideia é não privilegiar apenas a emoção desta época do ano. É pra valer. Vamos ter, sim, robôs e outras máquinas que facilitem a vida e tragam soluções, mas no centro de tudo estaremos nós.

O filme do Itaú dá o tom e faz refletir sobre o futuro. Segundo Eduardo Tracanella, diretor de marketing do Itaú Unibanco, o insight do filme veio do encerramento de um evento interno do banco, para todos os líderes da companhia, cujo tema expunha um contraponto sobre o cenário tecnológico: “O futuro será feito das pessoas e não de máquinas”.

Já Brilhe do seu jeito, com os vagalumes do Bradesco, foi um tapa na cara da grande maioria. A emoção – que nada tem a ver com show de Roberto Carlos – reinou e certamente fez muita gente pensar.

Pesquisa recente da Delloite, batizada Global Marketing Trends 2020, aponta que o fator humano será responsável por influenciar diversos aspectos do marketing.

Na opinião do especialista em branding D.J. Castro, CEO da Nexia Branding, que vem analisando e mapeando há sete anos as tendências de mercado, para 2020, as marcas precisarão alinhar diversas tendências e, principalmente, analisar quais serão viáveis ao seu setor. “Deixar seu propósito claro para os consumidores, utilizar a experiência do usuário para influenciar os processos, usar a tecnologia para acompanhar as mudanças rápidas do mercado, utilizar metodologias ágeis e conquistar a confiança dos consumidores são tendências que precisam estar nas metas dos gestores”, afirma.

Para ele, o consumidor final é o coração de todas as respostas que os líderes se fazem diariamente. Segundo ele, a empresa precisa ser clara, objetiva e de forma que toque o coração dos seus clientes.

Uma das seis tendências que ele enumera é humanizar/entregar a experiência humana. Ele afirma que o consumidor está cada vez mais exigente, porém muitas tecnologias inibem as interações humanas, construindo, assim, comportamentos isolados e automatizados.

Com isso, a experiência humana em relação às marcas se torna mais ausente, gerando uma deficiência de conexão de longo prazo entre marca e cliente.

“Então, posso afirmar que a tecnologia deixará as marcas ativas e em visibilidade, porém, depender apenas dela pode afetar a fidelização dos clientes. Vale ficar atento a esta questão. Uma dica é líderes e gestores investirem na empatia para a humanização da marca e conexão com seus consumidores”.

Viu só!? Vai dar a lógica! A tecnologia é o máximo, sem esquecer, porém, o ser que existe em cada consumidor, mesmo que o target seja o público jovem, mais ligadão e conectado. O olho no olho é fundamental e sempre será, em qualquer tempo, a menos que o homem deixe de ser humano.