O futuro da monetização é a publicidade nativa
Atualmente somos bombardeados de informações a todo momento enquanto navegamos pela internet. Com isso, há um enorme desafio para as marcas que é serem lembradas pelos seus consumidores. Mas, como fazer isso em meio a tanta tecnologia, tantos pop-ups, banners, canais e portais? A resposta é simples: se fazer presente em macro e micro momentos em que as pessoas estão consumindo seus conteúdos preferidos.
Nesse cenário, a publicidade nativa se mostra como uma das formas mais diretas e eficazes que os anunciantes têm em mãos para divulgar seus produtos sem interromper a audiência. Entretanto, essa não é apenas uma maneira de associar conteúdo à marca, mas também uma forma de atrair clientes para os próprios canais da empresa e serem uma alternativa aos formatos de mídias tradicionais.
Os anos de 2013 e 2014, por exemplo, marcaram a busca pela melhor forma de bloquear os anúncios em sites, com o uso de ad blocks chegando em 41% dos usuários no ano de 2015, segundo a PageFair. Por outro lado, nesse mesmo período, houve uma concentração na busca por formas de impactar as pessoas de maneira mais assertiva e, principalmente, natural, desenvolvendo estratégias no mercado de anúncios na internet, focando em duas frentes principais, o melhor conteúdo e como levá-lo ao impacto direto para quem procura assuntos do mesmo segmento.
Com o tempo, os consumidores adquiriram comportamento voltado para ignorar o oceano de informações que são literalmente jogadas em sua rotina online. Por isso, vivemos dias em que é preciso desenvolver uma boa estratégia de conteúdo atrelada à publicidade e que chame atenção dos consumidores. Investir em publicidade nativa significa dizer que é preciso conhecer bem o comportamento do consumidor para estar presente no momento da experiência do usuário e, dessa forma, impactá-lo da forma menos invasiva e mais eficiente possível.
De acordo com uma pesquisa feita pelo eMarketer, empresa especializada em pesquisas envolvendo o mercado digital, em 2015 a publicidade nativa foi responsável pelo faturamento de mais de US$ 4 bilhões no mercado americano, apontando uma alta de 34% em relação ao ano anterior. Em pouco tempo, a publicidade nativa se tornou um primeiro passo para uma estratégia de marketing de conteúdo eficiente, já que atualmente existem muitas outras voltadas para a mídia digital e com isso a competição por atenção entre as marcas aumenta cada vez mais.
Outros números interessantes apontam que consumidores visualizam 25% mais publicidade nativa do que publicidade padrão e também 2% mais do que os próprios conteúdos editoriais, mostrando que os conteúdos publicitários, se bem desenvolvidos, podem trazer ótimos resultados para as marcas. Estima-se que até 2018, a publicidade nativa fature aproximadamente US$ 8,8 bilhões.
Para finalizar, na publicidade nativa, além da preocupação com o conteúdo em si, também é preciso atenção na forma como uma peça publicitária é apresentada e o universo em que ela está inserida, sempre procurando encontrar o modelo mais orgânico possível. Com isso, o consumidor novamente irá voltar suas atenções aos conteúdos publicitários, após tantos anos em que foi exposto à conteúdos que nada dizem aos seus reais costumes. Precisamos entender o como distribuímos esse conteúdo de longa duração e principalmente aceitar os limites de quem procuramos impactar.
Marcio Figueira é Diretor Comercial da YContent, plataforma de descoberta, recomendação e compartilhamento de conteúdo em vídeo