O Globo cobrará por conteúdo online
O jornal carioca O Globo será o próximo a entrar no modelo de cobrança de conteúdo online, a exemplo da ação adotada pelo Folha de S.Paulo e pelo Zero Hora, do Grupo RBS. A previsão é de que a operação comece “até no máximo o início de novembro”, segundo afirmou ao propmark Marcelo Moraes, diretor geral da Infoglobo, empresa que edita o diário, além dos veículos Extra e Expresso. Para o executivo, a entrada em vigor do modelo de conteúdo decorre de um “processo saudável”.
A empresa estuda qual o formato seria o mais adequado. Entre as opções está o Paywall, em uso pelo The New York Times e pelos veículos nacionais citados acima; o Freemium, cujo melhor exemplo mundial é o Financial Times e, no Brasil, o Valor Econômico; e ainda um terceiro, que seria desdobramento dos dois anteriores. “Nós temos um grupo estudando o formato, o tempo gasto pelas pessoas no consumo do site. O importante é pegar o ‘heavy user’”. Em julho, o número de page views do site do jornal O Globo foi de 81,3 milhões, segundo dados do IVC (Instituto Verificador de Circulação).
De acordo com Moraes, hoje, tecnologicamente, a plataforma já poderia estar funcionando para registrar os usuários. A Infoglobo também analisa como será o sistema de cobrança e quais ações serão feitas para estimular a aquisição da assinatura. “Hoje, em pesquisas, muitas pessoas dizem que pagariam pelo conteúdo, mas na hora o resultado é outro”, comenta.
Ao passo em que o formato se desenvolva em O Globo, a empresa deve começar a pensar um modelo também para o Extra, periódico com audiência “muito forte” no site, segundo o profissional. A dificuldade é encontrar um espaço adequado que se relacione com o perfil da publicação, focado em assuntos mais básicos, como celebridades, esportes e cotidiano.