O que inspira Astério Segundo, fundador da 35?

No último dia 16 de setembro, o queniano Eliud Kipchoge quebrou o recorde mundial de maratonas, em Berlim. Ele correu os 42,195km da prova em 2 horas, 1 minuto e 39 segundos. 

Jamais na história das provas oficiais alguém foi capaz de correr tão rápido por tanto tempo. Para corredores do mundo inteiro, o feito de Kipchoge beira o assombroso.

Mas, para quem se lança a empreender no Brasil de hoje, o feito é algo ainda maior. Kipchoge é a impossibilidade tornada real. Um devaneio que um queniano foi lá e mostrou que podia não ser tão impossível assim. Empreender é dar pernas aos sonhos. E, como os maratonistas, nós também precisamos ser rápidos, focados e incansáveis.

A desmonetização e a desmaterialização das coisas têm criado possibilidades infinitas para quem deseja empreender. Estima-se que até 2025, US$ 300 bilhões serão levantados em plataformas de
crowdfunding. É gente comum financiando gente fora do comum. Sua grande ideia está a uma vaquinha de se tornar uma grande ideia viabilizada.

Jamais falou-se tanto em inovação em todos os setores. Mas, como diz Peter Diamandis, inovar não é apenas criar um algoritmo melhor. É também melhorar as conversas que temos com as pessoas. Boa propaganda é, portanto, uma forma de rejuvenescer companhias usando alguns milhões a menos de seus budget.

A inovação que produz riquezas também está diminuindo distâncias. O Porto Digital, um dos principais parques tecnológicos do Brasil, não está em São Paulo. Está no Centro Histórico do Recife, dando vida nova a uma área que estava degradada e impulsionando o pensamento da economia criativa brasileira.

Hoje, uma garota no Nordeste com inteligência, bom gosto e um smartphone pode se tornar uma enorme plataforma para os grandes estilistas durante a Semana de Moda de Paris. Duvida? Pergunte para a Camila Coutinho.

Ano passado, depois de dois anos à frente da criação de uma agência e com mais de 15 novas contas conquistadas nesse período, decidi me dar um presente. 

Larguei uma deliciosa e bem-remunerada zona de conforto e fui para o Vale do Silício estudar inovação na Singularity University.

Eu não sabia, mas era ali, entre as ruas arborizadas de Palo Alto e a atmosfera inspiradora do NASA Ames Research Center, que se formava o embrião da 35.

A 35 é um cruzamento das nossas experiências publicitárias com as novas possibilidades que o mundo desenha diante de nós. Seu nome, assim como sua metodologia de trabalho e cultura, tem inspiração no universo das maratonas. Em uma maratona, o 35k é um divisor de águas. Um ponto crucial que separa o fracasso do sucesso. Os amadores dos faixas pretas. O desejo e a capacidade real de realizar algo grandioso.

Empreendedores do mundo inteiro vivem hoje a magia de cruzar o 35. As novas possibilidades nunca tiveram um terreno tão fértil à sua disposição. A inovação que está no DNA das startups está no radar das grandes companhias. E está também no espaço entre elas, dando vida a iniciativas como o iDEXO, a sensacional “destravadora” de inovação que viabiliza negócios entre pequenos prodígios e grandes corporações.

Um novo mindset está reinventando as regras do jogo. Ser pequeno ou grande já não é mais um definidor. Em um mundo que muda tão rápido, a inteligência e a capacidade de oferecer soluções são os novos parâmetros.

Você é do tamanho das ideias que consegue gerar. Seja rápido. Seja focado. Seja incansável. Afinal, não são apenas os quenianos que podem transformar devaneios em possibilidades reais.
Rala que rola.

Astério Segundo é fundador da 35