O que Visa, Ford e Petrobras levam da Campus Party para casa?
Quem viu a franquia Harry Potter provavelmente lembra da bolsa da Hermione Granger que, sob o Feitiço Indetectável de Extensão, permitia guardar basicamente qualquer coisa dentro do pequeno acessório. No território dos desenhos, a bolsa mágica do gato Félix podia assumir uma imensa variedade de formas, obedecendo às suas ordens.
A Campus Party é, de certa forma, uma mistura dos dois. O evento une no mesmo espaço uma série de backgrounds e habilidades multidisplinares, possibilitando que desse poderoso encontro saia N ideias.
Não por acaso grandes empresas estão envolvidas no patrocínio e apoio ao evento há alguns anos, como é o caso de Ford, Visa e Petrobras. Cada uma delas investe no evento e participa ativamente dele, com espaço e conteúdo para a programação.
Patrocinadora pela sétima edição consecutiva e com estande na área open, a Ford apresenta este ano um projeto-piloto com uso de realidade aumentada para a área de pós-venda. A tecnologia conecta especialistas da empresa a técnicos das oficinas em todo o País para a troca de informações e diagnóstico, em tempo real. A equipe de atendimento pode visualizar na tela do computador exatamente o que o mecânico está vendo na oficina.
A novidade terá início no primeiro semestre deste ano em um projeto-piloto. A implementação começa com dez concessionárias. A expansão para toda a rede está prevista para 2020.
Ford: “expomos, interagimos e aprendemos”
Com workshops, hackathon e painéis, os destaques da Visa incluem a apresentação da palestra “Hackers Don’t Wear Hoodies”, com Penny Lane, VP de global de riscos da empresa. Experiente em segurança de informações corporativas, investigações sobre cibercrimes, análise forense digital, engenharia reversa e hacking ético, ela trabalhou 13 anos como matemática criptológica sênior do Departamento de Defesa / Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos.
Já o hackathon de 24 horas terá premiação de R$ 25 mil para a equipe vencedora. O objetivo é criar solução que envolva transação comercial entre empresas (B2B), de modo a otimizar pagamentos e/ou recebimentos com segurança. Serão oito equipes de até cinco membros cada, sob a mentoria de executivos da companhia. Houve recorde de inscrições com mais de 260 pessoas interessadas.
A também veterana Petrobras está com o evento há oito anos consecutivos. Para a edição de 2019, a empresa tem um estande com 100 m², palestras sobre temas tecnológicos e anunciou que participará pela primeira vez do Roadshow da Campus Party Brasil, em outros estados pelo País.
Em São Paulo, na área “Open Campus” o visitante poderá participar de um game sobre o universo Steam e ganhar brindes. Em uma área de descompressão será possível descansar e recarregar as energias e o celular, além de relaxar numa sessão de “quick massage” enquanto acompanha os episódios do podcast.
Já na parte de conteúdo, a companhia terá as palestras “Empreendedorismo Corporativo? Isso funciona?”, “Steam: Uma jornada pela transformação humana” e “Gerenciamento digital de campos de petróleo”.
Além de a cada ano aprimorar o investimento e experiência na CPBR, as empresas não voltam de mãos vazias. Pelo contrário. PROPMARK perguntou o que elas levam para casa após o fim do evento.
Visa: ecossistema renovado
Percival Jatobá, VP de produtos da Visa Brasil, explica que há várias formas de capturar a ideia e não permitir que ela se perca pelo caminho. “A Visa tem um programa de aceleração e programas internos para capturar todo o talento in natura que a gente reconhece. Aproveitamos as ideias que observamos aqui através desses programas. O Hackatom é uma excelente oportunidade. Esse ano além de premiar vamos investir na ideia vencedora. Levamos as ideias para dentro do Centro de Inovação que temos no Brasil, um dos doze no mundo, e injetamos no ecossistema”, conta.
Percival Jatobá, VP de produtos da Visa Brasil, explica que há várias formas de capturar a ideia e não permitir que ela se perca pelo caminho.
Petrobras: troca e cultura da empresa
Diego Pila, gerente de Patrocínios e Eventos da Petrobras, destaca que a empresa enxerga o evento como parceria e não como patrocínio. “Constuímos uma relação genuína, trazendo muito conteúdo da Petrobras para fazer parte mesmo. Estamos com uma quantidade bastante significativa de colaboradores das mais diversas áreas para participar da Campus, estabelecer networking e mais. Eventualmente isso pode gerar convênios e parcerias com startups, fomentando todo o ecossistema de inovação a partir dessa troca constante”, afirma.
Ford: três passos
Joaquim Arruda Pereira, diretor de Serviço ao Cliente da Ford América do Sul, conta que a empresa aproveita o evento para se retroalimentar pela interação. “E temos uma parceria com o Bradesco, o Inova Bra, e engenheiros da Ford para interagir com as startups no período de dois anos. Aqui expomos, interagimos e aprendemos também”, diz.
Ford: “expomos, interagimos e aprendemos”