One World: Together At Home usa lives para mobilizar marcas e pessoas

Passados mais de 30 anos desde que nomes de peso como Queen, Madonna, Michael Jackson, Paul McCartney e companhia subiram ao palco em diversos cantos do mundo para ajudar a conter a fome na Etiópia durante o festival Live Aid, o mundo passa por um revival do formato. À época, dois bilhões acompanharam os shows e puderam fazer suas doações por telefone. No próximo sábado (18), o One World Together At Home promete superar o feito ao potencializar a força do streaming na internet.

Apresentação do Queen no Live Aid fez história; Pepsi, uma das patrocinadoras do festival, ganhou grande visibilidade

O festival vai reunir hit makers como Lady Gaga, que assina a curadoria de shows, além de Stevie Wonder, John Legend, Paul McCartney, Elton John, The Rolling Stones e uma série de outras estrelas da música e tv, tais como Jimmy Fallon e Victoria Beckham. Promovido pela Organização Mundial da Saúde com apoio da ONG Global Citizen, o megaevento tem como missão arrecadar fundos e contribuir para o combate a Covid-19. Ao mesmo tempo, vai promover o afastamento social, incentivando as pessoas que fiquem em suas casas.

Paul McCartney participou do Live Aid em 1985 e também marcará presença no One World Together At Home no sábado (18)

A fórmula com apresentações musicais já vem sendo testada em menor escala com artistas locais em lives feitas dentro de casa. No Brasil, por exemplo, cantores sertanejos têm conquistado recordes históricos no YouTube, como Marília Mendonça recentemente, que somou mais de 3,3 milhões de acessos. Com patrocínio da Stone e Havaianas, a live também arrecadou toneladas de alimentos. Agora, o One World quer potencializar o streaming para mobilizar marcas, influenciadores e o público.

Com 15  patrocinadores, entre eles, a Pepsi, que apresenta o evento, a exemplo do que fez lá atrás, em 1985, com o Live Aid, outras marcas de peso como J&J, P&G, IBM e Coca-Cola também apoiam a programação. É inegável a exposição e audiência esperados. Se comparado ao Live Aid, que foi exibido para mais de 100 países, alcançando mais de 2 bilhões de pessoas na TV, em um período em que nunca havia se falado de internet, o One World tem tudo para entrar para o livro dos recordes.

Sem contar as oportunidades de product placement e outras formas de merchandising. Na épica apresentação do Queen, por exemplo, a imagem de Freddie Mercury ao piano durante Bohemian Rhapsody foi eternizada pelos fãs. Na imagem, diversos copos de Pepsi podem ser vistos em cima do instrumento musical.

Trazendo o contexto para One World, uma série de possibilidades multiplataforma devem ser preparadas pelas marcas. O evento será exibido em dezenas de emissoras de TV ao redor do mundo. Na América Latina, Colômbia, México, Argentina, Chile, Guatemala, entre outros, serão alguns dos países com transmissão.

No Brasil, serão os canais Globo, Multishow, Sony, Turner (TNT) e Viacom, além de GloboPlay e Yahoo Brasil no digital. O país também vai contribuir com atrações musicais. O apresentador Tiago Leifert vai conduzir a apresentação a partir das 16h no projeto que contará com show da cantora Anitta.

Mas é em ambiente digital que promete angariar a maior parte da audiência. Isso porque além das transmissões via Facebook, Instagram, Twitter e YouTube, os próprios artistas também poderão transmitir suas apresentações em seus canais sociais. Serviços de streaming como Amazon Prime e Apple TV também vão exibir a programação.