“Aumentamos nosso número de equipamentos digitais em 400%”

Ana Célia Biondi, diretora-geral da JCDecaux, conta que a empresa passou de 509 para 3.684 ativos digitais

Única mulher a liderar uma empresa de out of home no Brasil, Ana Célia Biondi, diretora-geral da JCDecaux, fala nesta entrevista sobre a evolução da empresa líder mundial em OOH, que completa 60 anos em 2024. A executiva comenta sobre o fundador Jean-Claude Decaux, que foi o pioneiro.

“Ele criou um modelo de negócios que serve até hoje de base para o nosso setor: o mobiliário urbano financiado pela publicidade”, destaca ela. Seis décadas depois, “o mercado evoluiu muito e se diversificou, mas mantém a essência estabelecida pela JCDecaux, que é trazer inovação, serviços, informação e oportunidades de negócios para as cidades”.

O momento é de digitalizar os ativos. “De 2019 a 2024, aumentamos nosso número de equipamentos digitais em 400%, passando de 509 para 3.684 ativos digitais”, diz. Confira sua entrevista a seguir.

Qual o balanço que a JCDecaux faz desses 60 anos de atuação no mercado de out of home?
O principal legado que a JCDecaux criou e mantém inclui todo o mercado global e nacional de OOH. Jean-Claude Decaux foi o pioneiro. Ele criou um modelo de negócios que serve até hoje de base para o nosso setor: o mobiliário urbano financiado pela publicidade. Seis décadas depois, o mercado evoluiu muito e se diversificou, está mais consistente do que nunca, mas mantém a essência estabelecida pela JCDecaux, que é trazer inovação, serviços, informação e oportunidades de negócios para as cidades. A JCDecaux celebra 60 anos com o mesmo propósito de quando surgiu, que é o de gerar soluções cada vez mais eficientes, sustentáveis e adequadas para as milhões de pessoas que circulam diariamente pelas ruas, no transporte público, em aeroportos e supermercados nas principais cidades do mundo. Desde a criação do conceito de abrigos de ônibus financiados pela publicidade e do tradicional formato do outdoor de 2 m2, a JCDecaux se consolidou como uma referência global em soluções consistentes, criativas e tecnológicas para a publicidade exterior. Hoje, somos líderes globais de OOH, estamos em mais de 80 países, em quase 4 mil cidades com mais de 10 mil habitantes e temos uma audiência diária de 850 milhões de pessoas, com uma forte visão também para o futuro.

O que faz da JCDecaux a empresa líder mundial do setor?
O DNA da JCDecaux sempre foi moldado pela constante busca por inovação, empreendedorismo e paixão pelo modelo de negócios criado por Jean-Claude Decaux. Esses nossos grandes diferenciais permitiram que a companhia se consolidasse como líder global em OOH. Nosso fundador tem uma frase que usamos como referência: “Todo trabalho que merece ser feito, merece ser bem feito”. Ou seja, ele e todas as gerações da família Decaux que expandiram o nosso negócio acreditavam que tudo é possível se você ousar sonhar, trabalhar incansavelmente e aproveitar todas as oportunidades, tornando as cidades mais acolhedoras e promovendo a qualidade de vida de centenas de milhões de pessoas no mundo. Além disso, somos a principal referência do setor de OOH em relação à mídia programática. Temos plataformas exclusivas que permitem aos anunciantes planejar campanhas globais, personalizadas e contextualizadas para cada momento da jornada da nossa audiência. Outro aspecto importante é que mantemos uma forte atuação em ESG, promovendo práticas sustentáveis em todos os nossos mercados, com presença em locais estratégicos e grandes centros urbanos.

Ana Célia Biondi, diretora-geral da JCDecaux (Divulgação)

A empresa é líder em OOH no Brasil também? Cite alguns números.
O Brasil está entre os dez maiores mercados globais da JCDecaux. Atuamos há 25 anos no Brasil e sempre focamos na qualidade dos nossos serviços e em contratos exclusivos. No setor de aeroportos, por exemplo, fazemos a gestão da publicidade no maior aeroporto do país, o de Guarulhos, que tem uma média mensal de quatro milhões de passageiros, e no maior hub doméstico em número de conexões, que é o Aeroporto de Brasília. Esses dois contratos exclusivos da JCDecaux concentram 28% da audiência aeroportuária do Brasil. Já na cidade de São Paulo, operamos com exclusividade o maior sistema de transporte por trilhos do Brasil, o metrô, que tem um fluxo diário de quase 8 milhões de pessoas (fonte: CCR e Metrô de SP). É o meio de OOH que mais impacta e engaja o público, segundo uma pesquisa sobre out of home que a JCDecaux fez em parceria com a Orbit. Além do metrô, os relógios de rua são um dos ativos mais premium do mercado de OOH: 9 em cada 10 pessoas que circulam pela capital paulista passam pelos bairros em que a JCDecaux está presente, de acordo com um estudo pós-venda que fizemos em parceria com a Offerwise. Estamos presentes em 13 estados do Brasil, além do Distrito Federal, o que nos dá um alcance enorme no mercado brasileiro e uma audiência potencial de 32,6 milhões de pessoas por semana (fonte: Ibope TGI R4 Pessoas + Censo 2022), nas nossas verticais de atuação: mobiliário urbano, metrô, aeroportos e retail media.

Qual a importância de o Brasil estar entre os dez maiores mercados globais da companhia?
Estar entre os dez maiores mercados globais da JCDecaux é uma conquista que demonstra o potencial e a relevância do Brasil no cenário internacional de OOH. Isso reforça nossa capacidade de liderar as inovações no setor, gerar valor para as marcas e conectar o público ao cenário urbano tão diversificado e relevante. O Brasil é o maior país da América Latina e um dos maiores do mundo, por isso, tem um enorme alcance e influência. Nossa presença global e de destaque no Brasil permite que a JCDecaux mantenha-se como líder do mercado de OOH e seja referência para o futuro da publicidade exterior.

Leia a entrevista completa na edição do propmark de 28 de outubro de 2024