Opinião: Nada resiste à verdade

Apesar de todo o sofrimento pelo qual passou, Cristina Duclos dormirá melhor a partir da próxima noite. É que finalmente acaba de ser publicado um comunicado no jornal Valor desta terça-feira (27), assinado conjuntamente pela Vivo e por Cristina Duclos, ex-diretora de imagem e comunicação da empresa, cujo primeiro parágrafo diz textualmente o seguinte: “A Vivo e sua ex-Diretora de Imagem e Comunicação, Cristina Duclos, foram envolvidas recentemente em um noticiário produzido a partir de informações inverídicas”.

E segue lembrando que Duclos trabalhou na Vivo por oito anos, “sem qualquer irregularidade na gestão da sua área”.

Em seguida, a Vivo afirma textualmente que a rescisão do seu contrato de trabalho observou a governança do Grupo, como o de qualquer executivo da Companhia. Essa rescisão “se deu de forma amigável, sem justo motivo, com pagamento de indenização, decorrente de reestruturação na área do marketing”.

Pelo teor do comunicado, deve ser decorrente de um acordo amigável no Judiciário, já que Cristina Duclos acionou a Justiça contra a Vivo.

Muito bom que ela defendeu sua honra e seus interesses e melhor ainda para o affaire que a Vivo aceitou a publicação do comunicado, com a sua assinatura, convalidando a inocência da requerente.

É mais um episódio dos muitos que ocorrem com frequência em um país de Judiciário lento, prejudicando por colocar em dúvida imagens de pessoas sérias, até que a verdade venha à tona, depois de um árduo caminho percorrido por quem foi ofendida.

Mesmo respeitando o aforisma jurídico de que “Justiça tardia é injustiça”, reputamos como bom o desfecho do acordo celebrado entre as partes e homologado pela Justiça.

E fica a lição para os afoitos: “Ninguém pode ser culpado até prova em contrário”.
Não poderíamos terminar este comentário, sem lembrar que no auge do episódio, um alto dirigente da Vivo deixou a empresa.

Volte para a vida, Cris.

Armando Ferrentini é diretor-presidente da Referência, empresa editora do PROPMARK.