Opinião: o retargeting na era mobile

Conquistar novos clientes e fidelizá-los vem se tornando uma tarefa cada vez mais complexa. O aumento da competitividade no mercado como um todo confere ao consumidor um poder de escolha nunca antes visto. O público deixou de buscar apenas bons produtos e serviços e valoriza a experiência com as marcas, o que inclui abordagem, tempo de resposta e qualidade do atendimento. Além disso, o uso de smartphones vem dominando o mercado – o Brasil é o 4º país do mundo que mais vende o dispositivo –, o que faz com que as marcas tenham que dialogar com seus clientes também pelos aparelhos móveis.

Nesse cenário, como chamar a atenção do potencial cliente e manter uma conversa constante com ele? O app to app retargeting – tecnologia que permite o redirecionamento de anúncios dentro de aplicativos – já se mostra uma boa alternativa, considerando que 86% do tempo gasto em smartphones é com aplicativos, enquanto apenas 14% representa o uso de navagadores, de acordo com uma pesquisa do Google. Outro dado interessante é que na América Latina um usuário de smartphone tem, em média, 18 aplicativos instalados em seu dispositivo, segundo uma pesquisa da comScore Media Metrix.

Uma empresa de turismo pode fornecer um bom exemplo de como o processo funciona. Imagine que uma pessoa busca por um hotel em seu smartphone mas, por algum motivo, não conclui a reserva. Logo depois, o usuário começar a jogar em seu dispositivo. É neste momento que um banner daquele mesmo hotel pesquisado aparece, incentivando o potencial cliente a concluir o processo. Ao chegar ao seu destino, e já no hotel, com o auxílio da geolocalização, outros anúncios podem ser apresentados no smartphone de forma cruzada, oferecendo ao usuário descontos para locação de um carro, passeios e restaurantes no local – o que torna a experiência ainda mais prazerosa.

Assim, considerando o ambiente favorável dos celulares com acesso à internet, a tecnologia do app to app retargeting pode potencializar a taxa de conversão de compras e tem um tempo de desenvolvimento bastante rápido: em cinco dias é possível lançar uma nova campanha. Se antes as campanhas de marketing eram divididas em ambiente offline e online, hoje todos os canais devem ser contemplados em um único plano de mídia, que deve incluir também a categoria mobile.

Sua dinâmica é simples. Os usuários do aplicativo são divididos em diferentes grupos, considerando seus perfis, suas preferências, ações anteriores – como compras e consultas realizadas. Em seguida, o potencial cliente começa a visualizar banners desenvolvidos com base nos seus interesses e no seu comportamento, o que torna possível a potencialização das conversões.

Em um mercado competitivo e com um consumidor cada vez mais exigente, adaptar o retargeting à plataforma mobile é fundamental para conquistar e fidelizar clientes. Além de desenvolver uma estratégia de sucesso, a empresa se aproxima ainda mais de seus públicos-alvo e se mostra disposta a seguir a evolução do mercado, que é cada vez mais móvel e conectado.

*Olivier Goulon, diretor da Vizury para América Latina e Estados Unidos