Aliança contra a pobreza e a fome

O anúncio da Aliança Global contra a Pobreza e a Fome, formalizado pelo G20, marcou um momento significativo na luta mundial contra a insegurança alimentar e a pobreza extrema.

Este movimento não apenas destaca a urgência de questões globais fundamentais, mas também celebra o papel do Brasil, que liderou esta pauta no G20.

Os últimos encontros do G20 foram marcados pela ausência de conclusões e decisões realmente relevantes.

Sediando o G20 deste ano, o Brasil estabeleceu 3 pontos focais: combate à fome e à pobreza; reforma dos organismos de governança internacional; e transição energética e desenvolvimento sustentável.

Porém, a questão do combate à pobreza e à fome era um tema muito caro ao Brasil. Nos últimos anos, o Brasil tem se destacado por suas iniciativas internas e internacionais voltadas para o combate à fome e à pobreza.

Programas como o Bolsa Família e o Fome Zero são exemplos de políticas públicas eficazes que serviram de modelo para outras nações. A expertise do Brasil nessas áreas forneceu uma base sólida para assumir a liderança no G20.

Durante as reuniões do G20, o Brasil apresentou argumentos contundentes sobre a necessidade de uma abordagem coordenada e global para enfrentar a pobreza e a fome.

O país destacou que a insegurança alimentar é uma questão multidimensional que, além de impactar diretamente mais de 700 milhões no mundo, afeta a saúde, a educação, a produtividade e a estabilidade social.

Ao liderar a criação da Aliança Global contra a Pobreza e a Fome, o Brasil reforçou sua posição como um defensor das causas humanitárias e do desenvolvimento sustentável.

A Aliança Global contra a Pobreza e a Fome visa a reunir recursos, compartilhar conhecimento e coordenar esforços internacionais para combater a insegurança alimentar e a pobreza. Esta aliança pretende abordar as causas profundas desses problemas, promovendo o desenvolvimento rural, melhorando a resiliência das comunidades vulneráveis e incentivando a produção sustentável de alimentos.

Espera-se que a aliança promova investimentos em infraestrutura agrícola, inovação tecnológica e programas de capacitação que ajudem a aumentar a produtividade e a sustentabilidade.

Além disso, a aliança, assinada por 82 países, enfatiza a importância da colaboração entre governos, setor privado, organizações não-governamentais e instituições internacionais.

A liderança do Brasil na formação desta aliança representa uma vitória significativa em vários aspectos. Primeiramente, reforça o papel do país como um líder global em questões humanitárias e de desenvolvimento.

Isso fortalece a posição diplomática do Brasil no cenário internacional e abre portas para futuras colaborações e parcerias estratégicas.

Além disso, a iniciativa alinha-se com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, particularmente os objetivos de erradicar a pobreza (ODS 1) e acabar com a fome (ODS 2).

Ao promover esta aliança, o Brasil demonstra seu compromisso com a agenda global de desenvolvimento sustentável e sua capacidade de influenciar políticas internacionais.

A criação da Aliança Global contra a Pobreza e a Fome é um marco na luta contra a insegurança alimentar e a pobreza extrema.

Sua expressiva adesão “salva” o encontro do G20 deste ano, além de resgatar o protagonismo brasileiro em questões de grande relevância mundial.

A liderança do Brasil nessa iniciativa não apenas destaca a experiência e o compromisso do país com essas questões, mas também solidifica sua posição como um ator-chave no cenário global.

Esta vitória diplomática e estratégica ressalta a importância da cooperação internacional e da solidariedade na construção de um futuro mais justo e sustentável para todos.

Alexis Thuller Pagliarini é sócio-fundador da ESG4
alexis@criativista.com.br