No mundo atual, com os avanços tecnológicos, velocidade da informação e volatilidade dos mercados, as empresas estão cada vez mais suscetíveis a lidar com situações sensíveis. Enfrentar crises tornou-se uma constante. E se o uso de dados já é essencial na construção de estratégias de negócio, em momentos de instabilidade ele é crucial.

Esses elementos estatísticos guiam a busca por uma leitura mais clara da realidade das organizações e de seus mercados, auxiliando na tomada de decisões. Mas como maximizar a performance da atuação diante de um momento de crise? 

Dados construindo solos mais seguros
Existem inúmeras ferramentas que auxiliam as empresas a obterem informações importantes, nem sempre visíveis na superfície, e que podem reduzir os danos. O acesso a números reais, por meio de processos estruturados e pessoas capacitadas para a análise, deve estar presente em todas as fases da gestão de crise:

Prevenção
O monitoramento é um fator essencial para que as empresas estejam sempre cientes do que está acontecendo em seu ambiente e se protejam de crises. Para isso, é preciso construir um sistema de dados estruturados, que pode contar com ferramentas de modelos preditivos de Machine Learning (ML) e Inteligência Artificial (IA).

Esse sistema atuará para captação constante de informações relacionadas ao negócio – que variam entre menções, avaliações, perfil de público, conversão, jornada de compra e muito mais, e podem vir de diversas fontes, como redes sociais, mídia, vendas.

Após estruturar esse processo, o mais importante é não esquecê-lo fazendo o trabalho sozinho. O acompanhamento contínuo permitirá que padrões fora do comum já acionem o sinal de alerta e medidas de correção sejam aplicadas antes que uma potencial crise atinja proporções maiores.

Análise do cenário
Uma vez que o monitoramento identifica algo sensível, é preciso dar foco a este ponto. No meio dos dados captados, selecione o que está relacionado a ele e mantenha o que é realmente importante. Esta “limpeza” dará clareza para mensurar o tamanho da crise e determinar o nível de contenção demandará.

Nesta etapa, as ferramentas de analytics auxiliam a identificar origem, motivações, repercussão e possíveis impactos.

Gestão
Ao se ver em uma crise, os departamentos recorrem imediatamente aos números, pois eles irão assegurar um plano de gestão mais apurado. A partir do que foi identificado na etapa anterior, é possível criar estratégias que estejam de acordo com a realidade da marca e com a situação. A IA e o ML também podem contribuir para prever cenários de acordo com cada ação a ser tomada e ajudar que a escolha seja o caminho mais efetivo para reparar os danos.

Acompanhamento do desempenho
Como saber se uma crise está resolvida? Se os indicadores voltaram ao normal? Dados! Acompanhar a evolução da crise é fundamental para mensurar a efetividade das ações e em que nível ela está – comparando com a análise inicial mencionada anteriormente.

Neste processo, a construção de dashboards e gráficos, aliados às técnicas de analytics, permite relacionar entidades ou cenários de interesse. Isso facilita a visualização, contextualização e avaliação do cenário, contribuindo para uma tomada de decisão mais ágil – o que é essencial nesses momentos.

Análise de impacto
Passada a tempestade, é hora de avaliar as consequências. A crise pode afetar vendas, reputação, faturamento. Mergulhe nos diagnósticos gerados antes, durante e depois para identificar como sua empresa foi impactada.

De olho no futuro
Situações adversas podem gerar aprendizados e até mesmo oportunidades para fazer algo de forma diferente. É um momento de planejar o futuro considerando as lições tiradas da crise. Os dados podem ajudar em questões como análise de tendências e definição de metas e estratégias de negócios.

Independente da etapa, é fundamental que a empresa tenha conhecimento da realidade em que está inserida, acesse fontes que contribuirão efetivamente para as suas necessidades, entenda a situação e, então, reaja em relação a ela.

A falta de decisões precisas pode afetar a performance e a lucratividade. Não há mais espaço para imprecisão no mercado. Somente o acesso a bases reais e precisas é capaz de apontar a individualidade, a verdade de cada empresa e o direcionamento ideal de suas ações e recursos.

Na maior crise sanitária, dados contribuem para a cura e resiliência
A pandemia da Covid-19 colocou o mundo em alerta. E esta situação sem precedentes é um exemplo do quanto é difícil tomar decisões quando não há conhecimento suficiente. Por isso, a tecnologia de dados entrou em ação para auxiliar a compreender o novo vírus e frear o avanço da doença.

Técnicas de inteligência artificial (IA) e machine learning (ML) foram aplicadas para analisar milhares de conteúdos científicos na busca por informações que poderiam ajudar os especialistas em saúde a identificarem as formas de disseminação, sintomas, tratamentos, gerar previsões e construir planos de contingência.

Diante deste cenário, a reação das empresas não foi diferente. Ficou clara a necessidade de ser ágil, flexível e eficiente. Para isso, soluções como IA foram aplicadas para construir sistemas mais adaptáveis para enfrentar instabilidades. Antecipar-se às tendências e aos cenários macroeconômicos sempre fez a diferença, agora é uma questão de sobrevivência. Uma organização com informações, mas sem senso de urgência e sensibilidade na tomada de decisões, terá dificuldade em prevenir crises ou atuar para combatê-la.

E a pesquisa “Real-time Intelligence and the Future of Supply Chains”, da Orange Business Services, reforça isso. Um dos setores mais afetados durante a pandemia, muitas empresas das cadeias de abastecimento se disseram incapazes de lidar com a crise. Para reverter esse cenário, hoje, 42% aplicam automação para gerenciar riscos. E não para por aí: essa tendência deve dobrar nos próximos dois anos, de acordo com o estudo.

Cultura Data-Driven Management para maximizar a performance
Todos os dias produzimos um enorme volume de dados. Captar centenas e centenas de informações geradas por analytics é estar preparado para crises? Evidente que não. A grande questão está em ter um olhar sistêmico para utilizá-las de forma otimizada. Isso só é possível com uma cultura Data-Driven Management: a união entre tecnologia, pessoas e processos.

Na Nexxys somos guiados pela paixão em analisar e interpretar elementos que formem um raciocínio poderoso na busca por soluções verdadeiras. Sempre com o propósito de gerar alto desempenho, seja em períodos críticos ou de prosperidade. As crises são cíclicas. Mas a transformação constante é um caminho sem volta. Com qual performance sua empresa irá enfrentar os desafios?

Rafael Maia é diretor de Marketing e Vendas da Nexxys