O título original poderia ser uma afirmação. Devido, porém, ao momento que atravessamos, cabe bem a interrogação porque o país não só prossegue dividido, como a metade dele que votou nas últimas eleições em Bolsonaro começa a se dissipar, desencantada com o que vê após pouco mais de um ano do novo governo.

Para piorar um pouco mais a situação, ocorre essa grave ameaça de epidemia do coronavírus, atingindo várias partes do planeta e já dando sinais em nosso país.

Voltando ao governo, o presidente parece não ter ainda se dado conta não só da importância do seu cargo, como da necessidade de engolir sapos e não se descontrolar facilmente diante de qualquer contrariedade surgida diante de si.

Deveria saber, como a maioria dos brasileiros adultos sabe, que não faltam na considerável população brasileira os exímios atiradores de cascas de banana, sendo seus alvos maiores as altas autoridades e, dentre estas, a maior de todas, que é tradicionalmente a do presidente da República.

Sangue quente não combina com o exercício do mais alto cargo da nação e o nosso presidente deveria ter aprendido isso, após um ano de exercício do poder. Deveria, acima de tudo, saber que será provocado sempre pela grande maioria dos que foram por ele derrotados nas urnas. O que fazer? Nada. Ignorar e tocar o barco adiante, como se diz no popular em todo o país.


Na próxima semana, com um coquetel/recepção na Oca, em São Paulo, inaugura-se oficialmente a CNN no Brasil, um importante meio a mais a disputar as verbas publicitárias do país e muito provavelmente (é o que se espera) mexer com as emissoras que tradicionalmente operam em nosso país, algumas delas acomodadas em nichos por elas criados e com pouco uso da inventividade para enfrentar desafios, como por exemplo o da internet, ainda pouco explorada por várias fatias do gigantesco bolo televisivo brasileiro.

Acreditamos que a CNN, mesmo apresentando uma programação altamente informativa, dará um chacoalhão nesse importante segmento do nosso mercado dos meios de comunicação, fazendo com que invistam mais e melhor no estudo do novo brasileiro que temos hoje, bastante diferenciado das gerações de conterrâneos que surgiram quando nascia a antiga TV Tupi, no início dos anos 1950.


Aproveitamos o comentário acima para registrar o 40º aniversário do SBT, a ser comemorado no próximo dia 6, que desde o seu início se posicionou como uma emissora altamente popular, sempre procurando porém adaptar-se ao popular da TV americana, que respeita o seu telespectador, pouco importando a sua origem e classe social.

A dimensão de um Silvio Santos, com uma trajetória competente e por isso mesmo vitoriosa ao se dirigir às camadas mais baixas e também às intermediárias da população brasileira, fez dele um ídolo e da sua TV um contraponto à programação dirigida de forma preponderante às do meio para cima do nosso estrato social.

Queiram ou não os brasileiros mais elitistas, o SBT é um exemplo de casamento perfeito entre a emissora e as camadas mais populosas do nosso vasto país, o que lhe possibilita ter um cenário de anunciantes em número maior do que a maioria das suas concorrentes.

Isso não é pouco em um meio que vive quase que exclusivamente dos seus espaços comerciais, tornando-se uma enorme vantagem diante da concorrência que o mundo digital presta hoje aos meios, com destaque no caso para as redes e emissoras de TV.


A matéria de capa desta edição, em homenagem ao Dia Internacional da Mulher a ser comemorado em 8 de março, traz um levantamento inédito realizado pelo PROPMARK, em parceria com o More Grls, junto às agências de publicidade.

O estudo revela que elas são minoria nos cargos de liderança, com apenas 10% ocupando a presidência das agências e somente 25% são líderes na criação.

Apesar, porém, do impacto que esses dados possam causar, há bons exemplos positivos a registrar, como agências com boas médias no quesito presença feminina, aqui incluída a criação, com mais de 40% de mulheres.

Os destaques ficam por conta da New Vegas, BETC, W3Haus, Mutato, 11:21, BFerraz, Execution e Accenture. Também há aquelas com boa performance quando o assunto são mulheres no comando. Registramos oito agências bem na fita: Grey, Tribal, Ana Couto, Bold, Africa, Wunderman Thompson, Ogilvy e David.

Roberto Duailibi, um dos sócios fundadores da DPZ, hoje DPZ&T (do Grupo Publicis), finalmente vê realizada uma das suas definições de início de carreira: a propaganda é a profissão mais feminina que existe.


Destaque nesta edição para a WMcCann, escolhida pelo júri Colunistas Rio como Agência do Ano, em votação unânime dos seus membros.


De algumas semanas para cá, estamos devendo elogios ao Estadão, pelo lançamento do brilhante caderno Sextou, que, como o nome indica, circula encartado no jornal às sextas-feiras.

Um show de entretenimento e informações do setor, através de um jornalismo primoroso.


Imperdível a edição 2020 do Marketing Trends, uma coletânea de livros anuais de autoria de Francisco Madia de Souza, colaborador do PROPMARK e presidente da Academia Brasileira de Marketing.

A chamada de capa dessa edição diz tudo: “As mais importantes tendências dos negócios e do marketing para os próximos anos”.

Vá correndo à livraria mais próxima (edição M.Books).


A Money Report (agenda de líderes), idealizada e comandada pelo jornalista Aluízio Falcão Filho, realizará na próxima sexta (6), no período da manhã, o seminário Agenda Brasil 2020, debatendo a estratégia do governo para fazer o país ganhar competitividade e fortalecer a economia, segundo os seus idealizadores.

Inscrições com Silvana pelo fone (11) 4314-1980, ou pela web no endereço cristina@moneyreport.com.br.

Armando Ferrentini é diretor-presidente e publisher do PROPMARK (aferrentini@editorareferencia.com.br)