Gente fazedora
Sempre sugeri a todos os executivos com quem trabalhei que escrevessem para essa coluna.
Até que numa sexta-feira me perguntei, por que não escrever eu mesma? E assim surgiu a coragem de sair de trás das câmeras e colocar aqui a minha opinião, ou melhor, inspiração.
Todas as vezes que expliquei sobre essa coluna, minha orientação era bem direta: “falar sobre algo que te inspire, não precisa ser sobre a vida profissional, mas precisa te inspirar”. E agora estou aqui nessa missão de dividir o que me inspira.
Com uma carreira de mais de 20 anos em agências de publicidade, sempre nas cadeiras de comunicação corporativa, afirmo sem a menor dúvida que a minha inspiração vem das pessoas.
Sim, as pessoas me inspiram.
Eu sou tão afortunada que cresci inspirada pelos meus avós, filhos de imigrantes sírios que chegaram no Brasil sem falar uma palavra em português e se estabeleceram no país.
Meu avô, que não tinha a quarta série do primário e formou um neto médico (meu irmão).
Foi nessa base de gente fazedora que eu me inspirei. Ao longo da vida fui fazendo amigos que foram se mantendo pessoas tão legais!
Amigos que trabalham duro, amigos que usam seus privilégios para ser agente de mudança. Amigos que empreendem, perdem e ganham, mas continuam inspirando.
Trabalho e trabalhei com tanta gente inspiradora. Das lideranças aos meus pares e colegas.
Vi trabalhos grandes passando por todas as fases até aprovação, campanhas premiadas serem discutidas antes de aprovadas, carreiras construídas.
Convivo com tanta gente inspiradora.
Para muita gente isso pode parecer banal, mas para mim não é.
É o que me motiva, o que me inspira a seguir trabalhando como relações públicas.
Acreditar nas pessoas, me inspirar em suas histórias pode parecer até meio naive, mas é o meu lance.
Meu time e suas histórias de vida, meus clientes e suas atuações, minha família e suas características individuais, os jornalistas com quem eu convivo há tantos anos e quase diariamente... e claro, as pessoas que eu conheço, mas que não me conhecem... hoje eu perdi a vergonha e quando encontro uma pessoa que me marcou, eu falo pessoalmente ou mando uma mensagem via redes sociais.
Num mundo em que tudo é tão criticado, enaltecer pode ser inspirador.
Giovanna Ricci é diretora da Comunicação.Marketing