Tomei emprestado um dos – na minha opinião – melhores slogans da atualidade para me inspirar neste texto. Just do it! Isso simboliza para mim, de forma clara e objetiva, qual deve ser a atitude nesse momento tão conturbado das nossas vidas. Faça! Tem muita gente por aí que está confundindo distanciamento social e resguardo com imobilismo.

Chegamos a quatro meses de quarentena, em função de uma pandemia sem precedentes. O que você fez neste período? Teve gente que travou! É natural: é uma situação totalmente nova e impactante. De repente, nossas vidas foram mudadas, sem que tivéssemos optado por isso.

Seus efeitos foram – e continuam sendo – devastadores. Negócios foram zerados em alguns setores. Empregos foram ceifados e há muita gente desesperada perante essa situação angustiante. Noticiários diários dão um clima ainda mais macabro, expondo gráficos com mortes e dramas de famílias que perderam seus entes.

Uma tragédia! Mas, para nós, que felizmente ainda estamos passando incólumes, o que nos resta? Eu diria: ajudar no que for possível e… fazer!

Passo um testemunho pessoal: neste período, como líder de uma instituição representativa de um setor, procurei me resguardar (como todo mundo deve fazer), mas também enxergar que tipos de ações seriam cabíveis nesse quadro de limitações. Logicamente que partimos para o home office – como quase todo mundo –, mas não paramos um dia sequer.

Mantivemos o time de colaboradores, que está trabalhando como nunca, e tomamos uma atitude radical: deixamos nossa sede física e adotamos o regime home office para sempre (ou pelo menos sem data para reverter). É um home office definitivo! Ou melhor anywhere office. O colaborador decidirá onde quer trabalhar.

Nós provemos cadeiras ergonômicas e ajuda de custo para criar um ambiente de trabalho adequado nas suas casas, mas se a opção for ir para um café ou para um parque ou ainda qualquer outro ambiente, tudo bem. O importante é manter as entregas e a qualidade de trabalho. Apesar das múltiplas reuniões virtuais, não abandonaremos os encontros presenciais. Agora que já há a possibilidade de se frequentar bares e restaurantes, além de outros espaços, a ideia é que nos reunamos presencialmente uma vez por semana, num local escolhido pelos colaboradores – cada semana um dos colaboradores escolhe o local.

Também contaremos com parceiros para usar espaços físicos para reuniões de maior importância. Uma nova fase, de flexibilidade e compartilhamento. Conto toda essa história para exemplificar o tipo de decisão que tomamos no meio da pandemia.

Depois de 27 anos, a Ampro deixa de ter uma sede. E tudo bem! Dá pra fazer assim! Continuando o testemunho pessoal, divido com você mais um exemplo de “fazer”.

Na semana passada, realizamos um grande evento para discutir o live marketing por inteiro. Entre palestrantes e debatedores, foram 35 líderes mobilizados! Alguns tiveram um belo palco à disposição, no Teatro WTC, e outros puderam participar remotamente, online.

Logicamente, o público (aproximadamente 300 pessoas) acompanhou remotamente, das suas casas, mas tivemos experiências presenciais, como um almoço oferecido a jornalistas e convidados, no local do evento, no L’Atelier. Será que devíamos fazer?

Para alguns, há muitos motivos para não fazer. Para nós, era o momento de demonstrar ao mercado que dá pra fazer! Com todo o cuidado, seguindo rígidos protocolos, mas optando por fazer. O evento foi ótimo, repleto de experiências híbridas e ninguém se sentiu ameaçado.

Até porque tomamos todas as precauções. Desculpe ocupar este espaço para esse relato pessoal, mas o faço pensando em estimular a ação. Sabemos que ainda há muito receio de se romper o retiro que nos foi imposto. Mas as próprias autoridades estão flexibilizando.

A partir do dia 27/7, já serão permitidos eventos com público sentado em São Paulo. Vamos retomar! Com todo o cuidado, respeitando a pandemia, seguindo protocolos. Mas vamos fazer!

Alexis Thuller Pagliarini é presidente-executivo da Ampro (Associação de Marketing Promocional) alexis@ampro.com.br