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Estamos vivendo uma situação sem precedentes desde a invenção da internet, e nós, como seres sociais, culturalmente afetuosos, estamos em meio a uma pandemia que nos obriga a vivermos, ao menos no momento, de forma remota. 

Não há dúvidas de que o meio digital tem sido essencial para atravessarmos essa fase na qual as reuniões deram lugar para as vídeo conferências, as conversas com os colegas da empresa deram lugar aos chats e comunicadores internos e os happy hours deram lugar aos botecos virtuais. 

Vimos o resgate das ligações por telefone, com certeza mais uma grande novidade para os mais jovens e a consolidação das plataformas digitais, ainda vista com ressalvas por parte da população. E ao observarmos os percentuais de crescimento de alguns segmentos nas primeiras semanas de isolamento, é possível ter uma dimensão do impacto real da presença digital no nosso cotidiano:

  • Aumento de 30% nos pedidos de delivery por aplicativo do Rappi.
  • Aumento de 40% no consumo de internet nos primeiros dias de isolamento, segundo os dados das principais operadoras de telefonia.
  • Aumento de 70% nas buscas por cursos de EAD, segundo levantamento da Catho Educação.
  • Aumento de 700% no número de acessos da plataforma de vídeo streaming Looke 
  • Aumento de 4.900% nas buscas por conteúdo ao vivo na internet, segundo a Exame

Mesmo sendo mais indispensável do que nunca, o digital é um coadjuvante nessa história, e agora, a conversão dá lugar à proposta de valor, a performance dá lugar ao propósito de marca e a inteligência artificial dá lugar à inteligência emocional.

A cartilha de branding sempre ditou que a empatia é a palavra-chave para os momentos de crise, e o consumidor confirma essa demanda segundo pesquisa do eMarketer, em que 68,3% dos usuários de internet no Brasil acreditam que as marcas devem contribuir com medidas associadas à Covid-19.

Esse não é o momento das marcas se calarem, esse é o momento de adaptar a mensagem, agir no curto prazo, se conectar com sua audiência, mostrar o seu propósito e a sua real preocupação com o bem-estar de seus colaboradores, clientes e sociedade.

E nesse momento de incertezas, testemunhamos ações que seriam inimagináveis em outros tempos:

  • TIM, Claro, Oi e Vivo, tradicionais concorrentes que disputam cada espaço no market share da telefonia no Brasil, unem-se e lançam em conjunto uma campanha inédita para que as pessoas fiquem em casa.  
  • Os três maiores bancos privados do país, Itaú, Bradesco e Santander, anunciam juntos o financiamento da folha de pagamento para pequenas e médias empresas. 
  • Grandes publishers brasileiros doam seus espaços publicitário para campanhas sociais de combate à Covid-19.
  • Com as restrições de gravação, a Coca-Cola reedita sua campanha icônica “Para Todos” e lança a campanha “Por Todos”.
  • Também por consequência das restrições na produção audiovisual, uma série de campanhas estão sendo gravadas com um celular, com pessoas reais em situações reais, como a campanha do Dias das Mães da marca Havaianas protagonizada por funcionárias da empresa e seus filhos.
  • O Mercado Livre foi além e mudou, temporariamente, o seu logo, trocando o tradicional aperto de mãos pelo cumprimento com os cotovelos.

O meio digital que já entregou tantas conversões, resultados e performances, agora apresenta também a sua eficiência ao entregar informação, relevância e mensagens poderosas das marcas, ressignificando, assim, o lado mais humano da tecnologia. 

Weverton Castro é country manager da Smart AdServer no Brasil.