O que ouço, quando quero falar

Para quem completa a parte que falta nas pessoas através da comunicação, nada melhor do que se sentir também completado. E a música é a melhor maneira de fazer isso.

Música e criatividade andam juntas, assim diz Murakami, Paulo Coelho e um pessoal de bom senso por aí.

Alguns trechos que divido aqui são, em si, artigos inteiros que não precisam ser escritos.

Basta ouvi-los no seu streaming preferido.

“Declare guerra a quem finge te amar, declare guerra. A vida anda ruim na aldeia. Chega de passar a mão na cabeça de quem te sacaneia” – do Barão Vermelho, sobre fichas técnicas revisitadas de coisas que fiz e são atribuídas a outros, mas que não aponto por educação.

“Eu vejo um futuro repetir o passado, eu vejo um museu de grandes novidades, o tempo não para” – sobre os coach-pastores e coach em geral.

São péssimos. A educação precisa deixar a autoajuda e voltar a ser conhecimento.

“Push the botton” – sobre a frequência certa para fazer textos originais em escala industrial.

“A gentleman will walk, but never run” – quando não sei o que fazer com o coração cheio de medo.

“Mesmo esquecendo a canção, o que importa é a voz que vem do coração” – quando me culpo sobre rir da mesma piada duas vezes.

“Meu partido é um coração partido. Meu sex and drugs, não tem nenhum rock’n’roll” – sobre política, sobre meu voto e sobre quem ainda se apaixona e se entrega a partidos, candidatos, ideologias e religiões.

“É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã” – da Legião Urbana, enquanto analiso um possível epitáfio.

“A solidão é fera, a solidão devora. É amiga das horas prima-irmã do tempo. Que faz nossos relógios caminharem lentos, causando um descompasso no meu coração” – do Alceu, para aquelas ponderações sobre sucessos e fracassos na vida.

“Complicada e perfeitinha. você me apareceu. Era tudo que eu queria, estrela da sorte” – sobre Luciana.

“Somos quem podemos ser, sonhos que podemos ter” – sobre minha carreira.

“Ano passado eu morri, mas esse ano eu não morro” – sobre 2024.

“You sexy, mother fucker” – de Prince, sobre o trabalho novo que está aguardando na minha mesa e começo amanhã.

Flavio Waiteman é sócio e CCO da Tech&Soul
flavio.waiteman@techandsoul.com.br