Pelo fim do greenwashing: o impacto de uma marca é fundamental para reputação

Em 17 de janeiro de 2024, o Parlamento Europeu endossou a 'Diretiva sobre Greenwashing', cujo objetivo é banir a “mentira verde” da Europa até o ano de 2026. A meta é ambiciosa e, nem por isso, menos urgente.

O Greenwashing, apesar de flagrantemente ilegal e imoral, continua a ser praticado indiscriminadamente, indaga-se, então, se os players já compreenderam que ser uma marca verde é mais benéfico aos negócios do que apenas pareceruma marca verde?

Com isso em mente, a Time to Act apresenta, a seguir, uma lista dos cinco motivos pelos quais o ativismo de marca vale ouro.

1.    Reputação vale ouro
Uma pesquisa conduzida em 2021, pela PricewaterhouseCoopers, concluiu que 79% dos investidores levam em conta as informações de ESG em suas decisões e 49% se desfariam do investimento caso descobrissem que a empresa na qual investem não é ambientalmente responsável.

Em 2018, a Reputation Institute constatou uma diminuição de quase 7%, com relação aos anos anteriores, na importância que os stakeholders-chave atribuíam aos resultados econômicos das empresas. O motivo? Os investidores estão cada vez mais preocupados com o “lucro ético”, tornando a confiança depositada em uma empresa um ativo tão relevante quanto o seu desempenho financeiro.

2.  Alta rentabilidade
Para além da boa reputação, empresas verdes são bastante rentáveis. Estima-se que 30 trilhões de dólares estejam hoje sob gestão de fundos ecológicos no mundo e a tendência é que esse valor aumente (e muito!) nos próximos anos. No Brasil, a Anbima,[1]em 2022, constatou um aumento de 787% (1,07 bilhão de reais) do patrimônio líquido em fundos ESG com relação ao ano anterior.

Os players procuram investir nos chamados “negócios verdes” porque sabem que essas empresas têm alto apelo popular e objetivos bastante claros.

3.    Quanto melhores os seus talentos, melhor a empresa
Mario Rovirosa, CEO da farmacêutica espanhola Ferrer, explicou o rumo das entrevistas de emprego transforma-se quando o propósito ambiental da empresa é explicado aos candidatos. “Quando os valores de ambas as partes se encontram, o funcionário tem um alto nível de satisfação e sua participação aumenta”. Ou seja, marcas verdes não apenas têm um filtro de contratação melhor, mas também motivam o desenvolvimento de seus talentos. E uma empresa é feita por quem trabalha nela.

4. Mitigação de riscos
A pauta ESG exige que as empresas identifiquem, avaliem e mitiguem eventuais riscos ambientais, evitando desastres com o potencial de definir o curso da companhia. Lembremos de Mariana e Brumadinho. Tivessem as empresas envolvidas nos desastres pautas ESG bem definidas, certamente teriam sido evitadas as tragédias marcaram a história do país.

5. Há incentivos legais e fiscais
Empresas que investem em energias renováveis colhem uma gama de incentivos fiscais aplicáveis, por exemplo, ao IRPJ, CSLL, ICMS, PIS e Cofins. Além disso, o Brasil promete se destacar no mercado de carbono internacional o que certamente implicará na criação e incorporação de novos incentivos.

Em conclusão...
Ser uma marca lucrativa e ambientalmente responsável não é mais uma mera retórica, mas sim uma necessidade. Frente à tantas tragédias ambientais e as demandas morais de seus consumidores, chegou o momento de as marcas posicionarem-se ambientalmente. A Time to Act está aqui para contribuir para isso. Criamos narrativas de impacto e conexões emocionais significativas, transformando iniciativas de sustentabilidade em experiências memoráveis que inspiram, conscientizam e engajam. A hora de agir é agora!

Luciana Brafman é CEO da Time to Act