Que tal ser um catalisador?
Nas minhas reflexões sobre propósito de vida, eu sempre me vejo como um alguém disposto a contribuir, orientar, estimular.
Achei o nome perfeito para essas habilidades: catalisador.
Catalisar significa estimular, incentivar, acelerar. E isso é tudo o que tenho procurado fazer, seja no lado pessoal como profissional. Se eu acredito em algo e me aprofundo no tema, procuro atuar também como um agente difusor de conhecimento e transformação, catalisando o processo. Por isso, estou muito feliz em ter sido aceito na comunidade internacional Catalyst 2030.
A Catalyst 2030 existe para estimular iniciativas em torno dos ODS da ONU, os 17 objetivos de desenvolvimento sustentável.
Como sabemos, 2030 é o ano limite estabelecido no Pacto Global, parte do Acordo de Paris, assinado por 195 países, para provocar mudanças cruciais e uma vida melhor para todos.
E a Catalyst 2030 é um movimento catalisador desse processo, reunindo aproximadamente 10 mil membros individuais e organizações, presentes em 146 países. O processo de adesão não é simples.
É preciso comprovar atividade coerente com os princípios da organização, além de se comprometer com uma participação ativa nos seus projetos. Daí minha satisfação em ser aceito neste importante grupo internacional.
Mas a atuação como catalisador começou bem antes dessa adesão.
O simples fato de assinar esta coluna não deixa de ser uma atitude catalisadora, já que os textos publicados aqui são sempre estimuladores de uma atitude transformadora, respeitosa aos princípios de sustentabilidade socioambiental e de governança ética.
A participação ativa em eventos também provoca esse efeito catalisador. No mês de fevereiro, tive a oportunidade de participar de dois eventos relevantes, ambos focados em Sustentabilidade, Acessibilidade e ESG.
O primeiro foi a participação do painel Sustentabilidade e Acessibilidade, na 20ª edição do ESFE (Encontro do Setor de Feiras e Exposições); e o segundo foi o
ABEMD Talks, sob título ESG e Acessibilidade, promovido pela Associação de Marketing de Dados.
Ambos os eventos mobilizaram um público bastante interessado, mas também repercutiram em redes sociais, ampliando o espectro de atingimento, catalisando conhecimento e atitude. No ano passado, foram perto de 20 eventos, entre palestras e painéis.
É assim que podemos atuar como catalisadores. Tenho a convicção de que o compartilhamento de conhecimento e o estímulo à ação são atitudes nobres que podem melhorar o seu setor de atuação e a sociedade, como um todo.
Na minha trajetória de catalisador, tive chance de atuar também em associações e instituições representativas de setores da economia.
Fui VP e, depois, presidente-executivo da AMPRO; presidente da MPI Brazil; diretor-executivo da Fenapro; e diretor da AMCHAM, entre outras funções. Participo do board da UNESCO SOST Transcriativa e agora sou também um membro da Catalyst 2030.
Estas instituições são excelentes meios catalisadores. Por um período da minha vida profissional, fui também professor, em paralelo a outra atividade profissional, na ESPM Rio e também nos cursos de MBA da FGV Management.
Atualmente, coordeno workshops e cursos relacionados a ESG e marketing consciente. Não quero ser mal interpretado por usar este nobre espaço para enaltecer minhas atividades.
Peço apenas licença para manifestar meu contentamento pela abertura de mais um canal de atuação, desta vez explicitamente focado na atividade de catalisador, por meio da Catalyst 2030. Faço isso pensando também em provocar sua decisão de atuar como um catalisador no mercado.
Vamos catalisar as melhores práticas! Catalisar o respeito socioambiental! Enaltecer a ética e a transparência! Catalisar o ativismo criativo, o criativismo.
Alexis Thuller Pagliarini é sócio-fundador da ESG4
alexis@criativista.com.br