Armando Ferrentini, diretor-presidente e publisher do PROPMARK
(Foto: Alê Oliveira)

Aos poucos o mercado publicitário brasileiro, consequência e causa de outros mercados, começa a reagir, após meses de grandes dificuldades.

Sem dúvida contribui para isso a entrada no último trimestre do ano, o período do 13º e do Natal. Percebe-se, porém – e são comentários de muitos experts do setor – que há uma saída da letargia, um crescimento real provocado por uma ainda incipiente, mas bem-vinda reação da economia.

O próprio governo federal esboça alguns esforços para trazer de volta a sua publicidade, sempre muito importante em um país do tamanho do nosso.

A Presidência da República já deve ter se convencido de que necessita tanto quanto o país, público ou privado, das muitas vezes incalculável colaboração do ferramental publicitário. Os governos mais importantes do planeta não descuidam dele no atingimento das suas metas.

Houve um instante aqui no Brasil, logo no início deste ano, que chegamos a pensar que passaríamos quatro anos sem propaganda oficial, muito mais por uma questão ideológica do que por outro motivo qualquer.

Ainda bem que, de uma forma ou de outra, os responsáveis por essa importante área de qualquer governo perceberam que sem publicidade não se chegaria a lugar nenhum, pois é através dela que os governantes comunicam suas obras e feitos, além de alertarem a população para grandes cuidados coletivos que devem ser tomados em ocasiões de crises.

A volta da propaganda de governo, ainda incipiente, mas que acreditamos crescer pouco a pouco, ajudará os habitantes do país a compreender melhor as intenções oficiais e o que precisa ser feito para nos tornarmos mais fortes e resistentes aos gritos desabonadores daqueles que não desperdiçam oportunidade para transformar o jogo político em um nervoso Fla x Flu, onde o perdedor será sempre o povo.

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Nesta terça, 8, à noite, nas dependências da ESPM TECH (Rua Joaquim Távora), será realizada a noite de entrega pela Abracomp dos certificados aos vencedores do Colunistas Brasil e São Paulo, cujos júris escolheram os melhores da nossa propaganda em 2018.

A realização dessa escolha por júris mistos de jornalistas e de publicitários garante a seleção final, o que de melhor se fez na propaganda nacional no período julgado.

Ao longo dos anos (o Colunistas começou em 1969), essa badalada premiação tornou-se inclusive referência para a inscrição de peças nela premiadas em concursos internacionais que reconheceram a validade dos trabalhos premiados pelo Colunistas.

Há fortes razões para se entender melhor procedimento, como por exemplo o conhecimento que os jornalistas e os publicitários têm sobre o valor dos trabalhos que premiam.

Uma delas reside na aferição que fazem junto aos consumidores, em virtude do trabalho que desenvolvem durante todo o ano.

Porque no território dessa longa sequência de premiações pelo Colunistas há sempre a justa e necessária consideração ao que pensa o consumidor acerca dos melhores trabalhos. Não se pode ignorar que é para ele que a propaganda é criada e veiculada.

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São a nosso ver as considerações acima que justificam nossa matéria de capa desta edição, na qual o jornalista seu autor Felipe Turlão assinala um leve aquecimento no setor no terceiro trimestre deste ano. Acrescentaríamos que o quarto último, como já acima dissemos, será ainda melhor e aí entra em ação uma das leis da natureza humana, que faz um desejo puxar o outro, desde que haja possibilidade para a concretização. E esse fator preponderante está se fazendo presente, pois estamos quase todos em nosso país voltando do fundo do poço.

Forçoso reconhecer que ainda estamos distantes do nosso volume publicitário tradicional, como lembraram importantes executivos com os quais Turlão conversou.

Mas é necessário lembrar e entender que as reversões se processam dessa forma, sendo o mais valioso o movimento de retomada. Nosso otimismo acaba nos levando a fazer crescer o movimento, como na velha história do copo meio cheio e/ou meio vazio, sempre dependendo de quem olha e define.

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Na série Encontros PROPMARK, temos nesta edição a participação do laureado executivo Paulo Giovanni, com carreira meteórica de locutor na Rádio Globo do Rio de Janeiro, que o levou a abrir a própria agência e a partir daí, vindo para São Paulo, construir uma história de sucesso como executivo do mercado publicitário, como poucos conseguiram até hoje no curto espaço de tempo que ele viveu para chegar onde chegou.

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Na seção Giro no Mercado by PROPMARK, outra história maiúscula de sucesso no segmento de agências, com a fusão de duas muito premiadas em uma única, que vem se tornando ainda mais forte do que a soma de ambas lá atrás.

Trata-se da DPZ&T, que resultou do casamento da DPZ com a Taterka, produzindo para sorte do mercado uma agência de grande força criativa e de excepcional qualidade no atendimento aos seus clientes e praticamente todos os players do mercado, que não se cansam de elogiar o produto final da mesma, aliado a uma postura de respeito a todas as empresas e pessoas que militam nesse fascinante mundo da comunicação do marketing, ou, como se dizia no passado, da comunicação publicitária.

Armando Ferrentini é diretor-presidente e publisher do PROPMARK (aferrentini@editorareferencia.com.br).