Ruas vazias. Uma ameaça a espreita que pode infeccionar quem se aventurar fora de casa. Uma simples ida ao superermercado ganhando ares de operação de guerra.

O coronavirus transformou o mundo em um grande cenário de Walking Dead.

Na série, o que você sabe fazer determina o quanto o grupo gostaria de tê-lo ao seu lado.

Médicos? Com certeza. Preservar vida é prioridade.

Policiais? Sim, manter a ordem sempre ajuda.

Engenheiros? Arquitetos? Pode ser. Construir coisas pode vir a ser útil.

Agora experimente chegar neste cenário apocalíptico e falar que você pode ajudar porque é publicitário.

Este parece ser o momento que vivemos.

Ou você acha que o simples fato de mudar a sua logo vai ajudar a mudar o panorama?

É hora de mostrar que podemos ser relevantes de verdade.

Na dúvida, lembre do coach do Elvis Presley: Liitlle less conversation,lLittle more action please.

Até os zumbis que não são os seres mais inteligentes sabem o que fazer: sair atrás de cérebros.

É isso que pode fazer a diferença.

Reza a lenda que uma vez Neil Ferreira ouviu de um dos donos da Sadia: “Seu comercial me ajudou a construir três fábricas”.

Como o diretor de marketing do seu cliente vai agradecer você quando a crise acabar? Que diferença você pode fazer no negócio dele?

Uma pesquisa do Kantar mostrou que marcas que mantiveram o share of voice se recuperaram 9x mais rápido na crise de 2008.

O que falar? Como falar?

Essa é a hora que o grupo de médicos, policiais, engenheiros, arquitetos e, por que não,  marketeiros se vira para a gente. Cabe a nós, publicitários, liderarmos com boas ideias, coragem e pertinência.

Essa pode ser a diferença entre sair dessa vivo, morto ou morto-vivo.

Rafael Merel, publicitário