Startups se aliam ao audiovisual para alavancar ações na Bolsa de Valores
Ao longo dos anos, empresas de tecnologia e startups arrecadaram bilhões de dólares através da entrada na Bolsa de Valores. Hoje, está cada vez mais comum encontrar novos negócios aproveitando seu auge corporativo para se fortalecer e também fazer parte dessa jogada. O IPO, do inglês Initial Public Offering, é o período em que uma empresa vende ações para o público pela primeira vez. Esse momento “ápice” de qualquer negócio costuma ter um motivo por trás: a forte divulgação e a escolha certa do produto que foi oferecido aos investidores.
O IPO é uma fase comovente para a empresa, pois significa que ela está bem sucedida o suficiente para demandar mais capital para continuar crescendo. E quem não fica de fora dessa tendência é o mercado audiovisual. As startups perceberam que ter uma empresa de comunicação para fortalecer a sua história através de um filme para o mercado da bolsa se faz necessário por um simples motivo: um vídeo bem feito e histórias bem contadas mostram com mais rapidez aos investidores os benefícios da empresa, aumentam a possibilidade de entrar no mercado de ações e ficar à frente da concorrência.
Os empreendimentos que abrem seu capital no mercado precisam contar suas histórias e mostrar o seu valor. É através de um vídeo de 20 a 30 minutos que um mundo de possibilidades se abre. Essa apresentação tem como objetivo gerar interesse do mercado financeiro pelo negócio e pelo assunto abordado. E é só a partir disso que os bancos vão se perguntar como ainda não pensaram em ter essa empresa cadastrada no portfólio.
O RoadShow, momento em que os bancos analisam o material, tem o objetivo de apresentar a oportunidade de investimento para analistas de mercado e administradores de fundos de investimentos, por exemplo. É a chance para atrair diretamente o público, que, neste caso, são os bancos investidores. É indispensável que o processo de criação seja colaborativo, envolvendo desde a equipe do audiovisual até o jurídico/financeiro da companhia para que a entrega seja mais assertiva.
Mais do que um vídeo, o RoadShow precisa ser um home run, como no beisebol, capaz de circular todas as bases, terminando na casa certa e pontuando uma corrida, com nenhum erro cometido. A mensagem é o pivô da ação, deve transmitir com precisão a missão da marca, abordando os problemas atuais do mercado, o porquê dela ser necessária e as oportunidades disponíveis para quem escolher fazer parte da corporação.
O aumento do número de empresas listadas na Bolsa de Valores em 2021 representa maior competitividade, o que obriga os negócios a buscarem se destacar. De acordo com dados da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que regula o mercado acionário no país, ao todo, foram concluídos 36 IPO's até este momento nas distribuições primária e secundária com valor arrecadado de R$ 66,2 bilhões.
Além disso, 2022 apresenta um horizonte de expectativa de recuperação e otimismo para as empresas, já que promete ser o ano da retomada da economia. O audiovisual pode ajudar em todo esse processo já que é responsável por oferecer um outro tipo de comunicação, não apenas aquele para envolver e informar, mas também para entreter e trabalhar os sentidos necessários para que o investidor olhe para o negócio como algo que os demais acionistas também irão se identificar.
É uma tendência que se faz necessária trabalhar com quem é especialista no assunto e, é claro, possui suporte e credibilidade. Ou seja, quem não tiver uma empresa audiovisual tomando conta dessa jornada poderá sair perdendo, não só oportunidades, mas também dinheiro.
Caíto Cyrillo é CEO da TRIO - Hub Global de Criação e Produção de Conteúdo Audiovisual (caito@triost.com)