Os desafios de Sergio Pompilio na presidência do Conar
Executivo da Johnson&Johnson toma posse nesta segunda-feira (25) e ficará no cargo até 2024
Eleito no último dia 5, Sergio Pompilio toma posse nesta segunda-feira (25) para um mandato de dois anos como presidente do Conar (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária). O executivo substitui João Faria Netto, que estava à frente da entidade desde 2018.
Entre os desafios do novo mandato, por exemplo, estão os influenciadores. Pompilio afirma que o ‘fenômeno’ trouxe para a atividade “gente geralmente jovem que não detinha conhecimentos estruturados de publicidade e da autorregulamentação”.
“Diante desta realidade, criamos o Guia de Publicidade por Influenciadores Digitais, com informações que permitiram a influenciadores, agências e anunciante maximizarem as suas potencialidades, respeitando as recomendações da ética publicitária”, conta.
Desafios
Nosso maior desafio é permanente: seguir acompanhando a evolução dos valores da sociedade, correspondendo à diversidade, à representatividade, aos novos comportamentos e às exigências das pessoas – e tudo isso na velocidade dos dias de hoje. Só assim o Conar seguirá sendo relevante, atendendo às demandas dos consumidores, desonerando os poderes públicos e proporcionando um ambiente ético para que a publicidade siga impulsionando a economia. O Código Brasileiro de Autorregulamentação Publicitária tem atualizações frequentes e sua reinterpretação é permanente. Para isso, contamos com o nosso Conselho de Ética, onde mais de 200 voluntários de todo o país tornam possível um ambiente diverso e múltiplo, sempre plural e maleável, propício a captar os sinais da sociedade. Este é um dos segredos do Conar, que o mantém atual e relevante. Não creio que este ambiente possa ser produzido senão pela via da autorregulamentação.
Consumidores
Graças à credibilidade que conquistamos junto a eles, podemos contar com a sua cooperação neste desafio permanente. São os consumidores, e ninguém melhor que eles, para monitorar a publicidade e fazer com que as suas denúncias cheguem ao Conar. Nos últimos cinco anos entre 60% e 70% dos processos abertos pelo Conar foram por conta de denúncias de consumidores.
Planos
Não poderia ser diferente: temos de acompanhar toda a inovação da publicidade. Para isso, estamos dando um novo salto na digitalização dos processos do Conar, que desde antes da pandemia já podiam tramitar totalmente de forma eletrônica. Foi graças a este trabalho dos meus antecessores que o Conar pôde continuar atuando normalmente durante a pandemia, com reuniões virtuais de julgamento que resultaram inclusive na possibilidade de termos presentes às reuniões um número maior de conselheiros. Agora estamos ultimando um novo avanço na digitalização dos processos, tornando mais simples a sua tramitação eletrônica.
Vivência
Sempre trabalhei em empresas anunciantes que visam o grande público, nas quais a publicidade é insumo decisivo. Creio que é uma visão importante para o momento.
Influenciadores
Está aí um bom exemplo da ação do Conar diante de novos desafios. O fenômeno dos influenciadores apareceu e cresceu rápido na comunicação e trouxe para a nossa atividade gente geralmente jovem, que não detinha conhecimentos estruturados de publicidade e da autorregulamentação. Diante desta realidade – que, diga-se, tornou-se bastante importante para a comunicação das empresas no período dramático da pandemia –, reunimos especialistas e criamos o Guia de Publicidade por Influenciadores Digitais, com informações que permitiram a influenciadores, agências e anunciante maximizarem as suas potencialidades, respeitando as recomendações da ética publicitária. Os resultados são extraordinários: os influenciadores aderiram em massa ao Código, inclusive porque entenderam que a credibilidade é o seu maior patrimônio e isso é do estrito interesse das agências e anunciantes. E, como sabemos há muito tempo, na publicidade, ética é a base da credibilidade.