Painelistas do D&AD defendem responsabilidade no uso de IA
Gaby Pearl, designer do Google Deepmind, por exemplo, falou sobre importância da inteligência artificial trazer diversidade
Como não poderia deixar de ser, o primeiro dia de palestras no D&AD 2024 teve a inteligência artificial entre os tópicos principais. Em tom de provocação, a estrategista Priya Prakash convocou a audiência a fazer três perguntas básicas sobre como usar IA em sua apresentação ‘Uniting natural and artificial intelligence in advertising: how to win in conditions of uncertainty’.
A primeira delas é Why? (por que usar?); seguida de Play seriously (aplique com seriedade) e How to adapt? (como se adaptar). Para ela, a afirmação de que o futuro da propaganda é IA não passa de uma bobagem. Em sua visão, os humanos sabem como fazer as coisas funcionar e vão coexistir com a inteligência artificial, que depende fundamentalmente das pessoas. “Com a IA, nós conseguimos customizar a comunicação, mas a tecnologia depende das pessoas para receber o briefing. É preciso entender como alimentar o ChatGPT, por exemplo, e ser curioso”, disse ela.
Pryia destacou que os criativos precisam cuidar dos negócios e a tecnologia deve ser utilizada em prol disso. “Os ingredientes são: tecnologia, negócio, cultura e governança”. Ela ressaltou ainda que o uso da IA deve estar acompanhado de responsabilidade. “Além de usar as ferramentas, temos de pensar no impacto delas na natureza.”
No painel ‘Imaginations of AI’, a designer e diretora criativa Alexa Sirbu, do XK Studio, ressaltou que o objetivo da empresa é focar no valor que a tecnologia traz para mudar processos, tornando-os mais interessantes e eficientes. “Estamos muito interessados em mostrar como a tecnologia funciona. Somos artistas, podemos focar no valor que ela traz”, enfatizou.
Gaby Pearl, designer do Google Deepmind, também compartilhou insights no mesmo painel. “Acreditamos que a colaboração entre humanos e IA pode ter um grande resultado. E é muito importante que as pessoas encontrem valor nisso”. Ela também chamou a atenção para a responsabilidade no uso da ferramenta. “Não podemos abusar do uso e precisamos treinar a tecnologia para trazer diversidade e diferentes pontos de vista”, finalizou Gaby.