Pais não se identificam com imagem projetada pela publicidade

istock/seb_ra

Com a proximidade do Dia dos Pais, que em 2019 será celebrado no dia 11 de agosto, o Google apresenta sua pesquisa sobre o comportamento de consumo dos brasileiros. Os dados foram obtidos por meio de uma Google Consumer Survey, ferramenta de pesquisa on-line que permitiu entrevistar 500 pessoas, e por meio de uma análise do comportamento dos brasileiros que pesquisam sobre a data no buscador. 

O levantamento analisou que a maioria dos pais não se sente totalmente representada pelas campanhas publicitárias. Somente 35% deles se identificam com a imagem projetada. O maior desafio é abandonar a já velha imagem do provedor que ocupa um papel de coadjuvante na criação dos seus filhos. Além disso, é preciso incorporar a noção do pai protagonista, cuidador e presente no cotidiano de suas casas. Isso se alinha a um debate que ganha cada vez mais força: a nova masculinidade, menos tóxica e que busca uma maior igualdade entre os gêneros.

Dentre as características citadas que não representam os entrevistados estão a imagem de “pai perfeito” (41%), pai com papel secundário ou coadjuvante na criação dos filhos (32%), pais muito rígidos e autoritários (30%), pai que está sempre trabalhando e pouco presente em casa (27%), pai só presente na hora da diversão: brincadeira, futebol (26%), e pai pouco atuante nos cuidados diários e no cotidiano (23%).

No futuro, a imagem que eles gostariam que as campanhas publicitárias passassem é de um pai que está presente no cotidiano dos filhos e que divide igualmente as responsabilidades da casa e da criação das crianças. A necessidade da representatividade de famílias além do formato tradicional também foi mencionada.

Para os varejistas e lojistas do Brasil, a pesquisa também revela dados importantes. Entre 2015 e 2018 houve crescimento médio de 19% das buscas por Dia dos Pais. No estudo com consumidores, é possível perceber que 2019 promete ser um ano ainda mais forte: 38% dizem que vão gastar mais do que no ano passado, com um ticket médio de R$ 298. 

As buscas no Google por presentes para a data começam a aquecer um mês antes, ganhando maior tração nas três semanas que antecedem a data e registrando o pico na última semana. Na busca por informação e inspiração, o digital tem grande destaque, principalmente sites de busca (26%), sites de comparação de preços ou de lojas (23%) e redes sociais (12%).

Quase metade dos consumidores (41%) deixa a compra do presente para a última hora. Com isso, eles acabam recorrendo à loja física: apenas um em cada cinco consumidores compra pela internet. Portanto, embora o volume de vendas on-line seja alto em comparação com outras datas, ainda há muito espaço para crescimento. Questionados sobre o que motivaria migrar a compra para o e-commerce, os consumidores listam como motivos: frete grátis (35%), preços atraentes (29%) e prazo curto de entrega (24%). 

A pesquisa também comparou o que os pais querem ganhar com o que os filhos vão presentear, mostrando que boa parte dos filhos ainda desconhece os gostos de seus pais. O ranking da lista de presentes de ambos só têm comum o topo e o fim da lista: roupas, calçados e acessórios (1º); e bebidas alcoólicas (6º) respectivamente.

Além dos presentes, a data também é uma excelente oportunidade para o setor de comidas e bebidas: 84% das pessoas planeja celebrar o Dia dos Pais em casa.