Paulo Pessoa fala que estratégia do Estadão é ser parceiro das marcas
Executivo conta ainda que jornal está diversificando a atuação, desenvolvendo novas audiências e produtos, como Estadão Recomenda
Um dos Profissionais de Veículo selecionados para compor este Especial é Paulo Pessoa, diretor-executivo do mercado anunciante do Estadão. Ele fala das principais inovações para o aprimoramento nas entregas que o Estadão Blue Studio faz em termos de conteúdo de qualidade e alta performance. Segundo ele, um time que está preparado para enxergar as dores dos clientes e apresentar soluções, que são desenvolvidas a quatro mãos. “As entregas são mensuráveis
e refletem os desafios do cliente, podendo passar por geração de leads, discussão da sociedade civil com autoridades do setor, entrega de conteúdo que
a marca pode utilizar de maneira livre em suas plataformas, entre outros”.
Por tudo o que planeja e apresenta ao mercado, Pessoa, que é engenheiro eletrônico por formação, pelo Instituto Superior Técnico de Lisboa, e MBA na Universidade Nova Lisboa, comenta ainda sobre as estratégias traçadas para este ano, que não são poucas nem fáceis. Ele sabe que se trata de um ano desafiador, pois o cenário internacional e o local não são dos mais animadores. O executivo conta que a estratégia do Estadão é se apresentar como um parceiro para as marcas que precisam se posicionar dentro do atual momento. “Outro ponto é que estamos diversificando a nossa atuação, desenvolvendo novas audiências e produtos, exemplo disso é o Estadão Recomenda, vertical que avalia e recomenda produtos para nossa audiência, facilitando o processo de decisão de compra. Temos parceria, em modelo de afiliação, com grandes marcas como Amazon e Magalu.”
Quando se trata de fazer um pequeno panorama da mídia impressa, ele é taxativo e diz acreditar que não se pode mais se referir a simplesmente mídia impressa. Para ele, esse modelo de comunicação deve ser considerado uma das plataformas mais relevantes disponíveis para o mercado, que tem um papel fundamental em algumas estratégias de comunicação.
“Do ponto de vista do produto, a renovação de formato e conteúdo que fizemos em 2021 foi muito bem recebida pelo mercado, assinantes e leitores, fortalecendo o produto impresso e minimizando a tendência de ‘extinção’, que pode ser observada mundialmente”, alerta.
Ele não concorda muito quando se fala na mudança do perfil do leitor, principalmente em se tratando do meio jornal. Ele afirma que continua existindo um público significativo e fiel que valoriza o produto impresso e, em complemento, é forte consumidor das plataformas digitais. “O nosso desafio é distribuir o conteúdo de interesse das nossas audiências e adaptar ao estilo e formato que caracteriza cada plataforma, seja impresso, digital, áudio ou vídeo. Um exemplo claro que fazemos no Estadão é o Estadão Expresso Bairros, produto que desenvolve conteúdo específico para cada uma das subprefeituras da cidade de São Paulo e distribuído gratuitamente na versão impressa, digital e através de redes sociais”, lembra.
Para ele, o jornal impresso não corre “risco”. Pessoa tem certeza que o meio continuará existindo, pois há uma demanda significativa por esse formato. “O impresso possibilita uma experiência de consumo de informação distinta dos meios digitais, focando na curadoria dos conteúdos de maior interesse, que são apresentados de modo coerente e com a análise e a profundidade adequadas”, argumenta o executivo.
Ele fala com a experiência de quem viveu em meio a estratégias, pois, apesar da engenharia eletrônica, ele desempenhou diversas funções dentro das áreas de marketing, estratégia e comercial em várias empresas de telecomunicações, como Portugal Telecom, Embratel e Oi. “Atuei como managing director em duas startups de marketing digital no Brasil. Ao longo da minha carreira profissional, enfrentei desafios em mercados altamente competitivos, de rápida evolução e constante necessidade de transformação. Essas experiências foram fundamentais para enfrentar o desafio de transformação digital das áreas comerciais e marketing de produto do Estadão, diante desse cenário de mudanças que o segmento de mídia vem enfrentando nos últimos anos”, conclui.